sábado, 24 de novembro de 2012

Um tiro na luz

Um tiro na luz
Giz chupado pela ardósia
Cintilações absorvidas pelo vácuo
Sóis que se despenham nos buracos negros
Pesadelos devorando versos
Cabelos louros a escorrerem sombra
Olhos azuis tornados em basalto

A bala dura
O aço frio da arma
O fumo é alcatrão
Que se cola às rosas e aos lírios
E onde a nudez dos pés fica colada

Céu cinzento
Nuvens baixas
Trovoada

Até que da raiva de um relâmpago
Ressurge a luz de novo

3/6/2012

Fernando Henrique de Passos

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