Um tiro na luz
Giz chupado pela ardósia
Cintilações absorvidas pelo vácuo
Sóis que se despenham nos buracos negros
Pesadelos devorando versos
Cabelos louros a escorrerem sombra
Olhos azuis tornados em basalto
A bala dura
O aço frio da arma
O fumo é alcatrão
Que se cola às rosas e aos lírios
E onde a nudez dos pés fica colada
Céu cinzento
Nuvens baixas
Trovoada
Até que da raiva de um relâmpago
Ressurge a luz de novo
3/6/2012
Fernando Henrique de Passos
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