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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

A queda


Nunca pares para celebrar um êxito,
Grande ou pequeno seja ele.
A Eternidade jamais se imobiliza –
Parar foi o pecado que gerou o Tempo.

8/1/2016

Fernando Henrique de Passos

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Do Gênesis ao apocalipse


O que é realmente importante na Bíblia: só o princípio e o fim? Poderia parecer, de facto, que a lenda de Adão e Eva explica como o Tempo se separou da Eternidade, enquanto o Apocalipse explica como voltará o Tempo a ser absorvido pela Eternidade, de modo que tudo o que está “no meio” seriam apenas acidentes, os acidentes próprios do Tempo. Mas dá-se o caso de a Eternidade participar ativamente em todos esses acidentes do Tempo, com vista ao desenlace final. Daí a importância de TODA a Bíblia, com especialíssimo destaque para os Evangelhos, que narram a descida da própria Eternidade ao seio do Tempo.

4/11/2015

Fernando Henrique de Passos

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O Tempo e a Eternidade

Alguém consegue imaginar um mundo onde reinasse uma total ausência de conflitos?

Não me refiro apenas a guerras e atentados terroristas. Refiro-me a qualquer tipo de conflitos ou atritos, como o conflito no restaurante porque o bife veio muito passado e nós tínhamos pedido mal passado, mas o empregado diz que eu pedi bem passado, “não pedi nada, o senhor é que percebeu mal”, “o senhor é que se deve ter enganado e disse bem passado quando estava a pensar em mal passado”, etc.

Refiro-me a uma espécie de “Paraíso Hippie”, onde só houvesse amor, paz, sorrisos, flores e borboletas. Dito assim, é tão doce que até enjoa, não é verdade? Precisamos de atritos na vida como precisamos de sal e pimenta na comida. Nem o mais guloso dos gulosos concebe a ideia de passar o resto dos seus dias a comer apenas bolas de Berlim, mel e mousse de chocolate. Temos de discutir por causa de qualquer coisa, nem que seja o futebol, ou a falta de gosto da Fulana para se vestir. Quer dizer, então, que não fomos feitos para o Paraíso?

(continua)

Fernando Henrique de Passos

VER TEXTO COMPLETO EM TERRA ATÍPICA,
NESTE BLOGUE

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Diálogos novos...


«Físico R4 - A nossa estação orbital pode estar a ser vítima de um ataque conjunto de países com uma ideologia diferente da nossa! podem querer acabar com a nossa civilização globalizante e, assim, utilizarem astros e vegetais ou máquinas e até o próprio conceito abstracto do tempo…

Matemático H30 - Ah, ah! como se o tempo fosse convertível em alguma coisa material… e conseguem, com os seus estratagemas, aparentar uma realidade concreta onde se encontra apenas uma de natureza espiritual, como é o caso do pensamento.

Informático E11 - Pela primeira vez, surgem no ecrã, e precisamente na maior auto-estrada de informação planetária, objectos, máquinas e astros conversando entre si e, desse modo, transgredindo pela primeira vez, todas as leis da física, da biologia, da engenharia tecnológica e do próprio mecanismo cerebral humano!»

(Do romance de Teresa Ferrer Passos, Planeta Joyce 8,
1ª edição, Harmonia do Mundo, 2007, pp.61-62)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A ocultação do tempo...



«(a personagem) Tempo 01 -  Um mar sem direcção sou eu e também sou aquele que tudo envolve e ninguém conhece, até mesmo nos domínios do Império da Vigilância Superior, em que há máquinas para desocultar as mais pequenas coisas ou os mais escondidos segredos que habitam o pensamento da gente humana! por isso, tudo o que sinto ou quero, parece desintegrar-se de mim, como se tudo o que me respeita fosse toda uma ocultação, como se nada me pertencesse, apesar de tudo ser meu...»
                  
                               Teresa Ferrer Passos, Planeta Joyce 8, Harmonia do Mundo, 2007, p. 24.

domingo, 21 de setembro de 2014

O feiticeiro transparente

O mago da praia sem idade
Vê a cada instante o universo inteiro
Conhece todas as cores da única verdade
E num perpétuo lusco-fusco de mosteiro
Vai entretecendo o tempo na eternidade

O bobo do parque dos narcisos
Procura espelhos nos olhos dos pardais
Ouve aplausos no chocalhar até dos próprios guizos
E a ânsia de ouvir cada vez mais
Torna-lhe os gestos febris e imprecisos

O drama todo do mundo
Vem do mágico e do pantomineiro
E do seu laço profundo:
Só pode agir o primeiro
Por meio do bailado do segundo


21/9/2014

Fernando Henrique de Passos

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Bohm's advice


Quando o Espaço esquartejou o Ser
A Eternidade e o Tempo foram separados um do outro
E o Caminho Único tornou-se infinitamente bifurcado

Somos agora obrigados a escolher a cada instante
E as escolhas que fazemos não devem ser as certas
Pois não nos estão a levar ao reencontro


7/7/2014

Fernando Henrique de Passos

domingo, 10 de junho de 2012

O Tecido dos Séculos

A luz da tarde torna-se indecisa. 
Do céu, por entre a chuva, tombam séculos
Que se esboroam no verde-cinza das colinas.
Pela janela do palácio abandonado
A única habitante vê relâmpagos
Que trazem reflexos dos dias já passados,
Dos dias que havia antes de haver antes.

(Se dormisse ela veria, a única habitante do palácio,
Dentro dos seus sonhos as cores de outrora,
Frágeis estilhaços da realidade.)

A luz da tarde morre e, já sem luz,
O tempo hesita entre o ser e o não-ser,
Entre o não-ter-fim e o nunca-ter-principiado.

(A léguas do palácio, um príncipe galopa,
Perdido na borrasca, no tempo e suas tramas,
Sem capa, espada ou esporas.
A muitas léguas mais, vulcões e pó de chamas
Dão vida ainda às horas.)

10/6/2012


Fernando Henrique de Passos