TU E A TUA RUA
Há uma rua em Lisboa
Tão pacata e sossegada
Que quem lá passa supõe
Que ali não se passa nada.
Tudo nela é sopesar
Da morte e do seu mistério
Porque a rua desemboca
No jardim de um cemitério.
Mas a doçura da vida
Tem caminhos e segredos
Que fazem esquecer a morte
E o seu cortejo de medos.
E uma espada de luz
Rompeu as sombras da rua
No dia em que teve início
A vida que agora é tua.
E, muitos anos passados,
Eu que era qual moribundo,
Desposando a tua vida
Vi de um outro modo o mundo.
9/8/2025
Fernando Henrique Passos
Comentário de Teresa Ferrer Passos in Facebook, 9/8/2025:
"Mesmo que fosse somente para conhecer a minha saudosa e santa mãe e para te conhecer, valeria sempre a pena ter nascido!"
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