O mago da praia
sem idade
Vê a cada
instante o universo inteiro
Conhece
todas as cores da única verdade
E num
perpétuo lusco-fusco de mosteiro
Vai
entretecendo o tempo na eternidade
O bobo do
parque dos narcisos
Procura
espelhos nos olhos dos pardais
Ouve
aplausos no chocalhar até dos próprios guizos
E a ânsia de
ouvir cada vez mais
Torna-lhe os
gestos febris e imprecisos
O drama todo
do mundo
Vem do
mágico e do pantomineiro
E do seu
laço profundo:
Só pode agir
o primeiro
Por meio do
bailado do segundo
21/9/2014
Fernando Henrique de Passos
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