Francisco Pedro, Fátima Missionária, Agosto/Setembro 2013
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Coragem sem fim
domingo, 28 de julho de 2013
"IDE, SEM MEDO"
"A única maneira de fazer avançar a vida dos povos é a cultura do encontro, a atitude aberta que definiria como humildade social"
"A fé é uma chama que se faz tanto mais viva, quanto mais é partilhada, transmitida"
"O futuro exige hoje a tarefa de reabilitar a política.
Reabilitar a política que é uma das formas mais altas da humanidade"
Reabilitar a política que é uma das formas mais altas da humanidade"
(Jornadas Mundiais da Juventude no Brasil, 2013)
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sábado, 27 de julho de 2013
Um Caminho no Meio dos Caminhos
Deve haver um caminho entre as palavras,
Entre as palavras, as coisas, as pessoas:
A maneira certa de existir.
Um caminho em que se deixe de pensar
Na maneira certa de existir
E se caminhe entre os caminhos
Sem pisar nenhum:
Deve haver um caminho no meio dos caminhos.
Um caminho que não conduza a mais lugares
Pois não será preciso
E todos os lugares serão presentes.
Um caminho onde só estar
Seja o mesmo que percorrer todo o caminho.
E todas as metas virem ter connosco.
Um caminho em que olhar seja chegar
E em que todo o esforço para alcançar esse caminho
Seja tão só o esforço de deixar de fazer esforço.
Porque já estamos lá – resta sabê-lo.
27/7/2013
(Poema inédito)
(Poema inédito)
Fernando Henrique de Passos
sexta-feira, 26 de julho de 2013
A Propósito dos Painéis de Nuno Gonçalves
Painéis de Nuno Gonçalves |
Pormenor: O Povo |
Os painéis de S. Vicente de Fora, obra-prima da pintura portuguesa, da autoria de Nuno Gonçalves (2ª metade do século XV). Aqui, o pintor português representou, de modo genial, toda a sociedade portuguesa (nobreza, clero e povo) do Século de Ouro dos Descobrimentos. Ainda hoje, este políptico, em madeira policromada - uma preciosidade actualmente no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa - continua a ser o símbolo vivo da gesta marítima que o Povo Português traçou para além dos mares e dos mundos conhecidos da Europa, nos confins de continentes ignorados e detentores de fabulosas e inesperadas culturas.
Teresa Ferrer Passos
quarta-feira, 24 de julho de 2013
O Papa Francisco no Santuário de Nossa Senhora de Aparecida, Brasil
"A Igreja quando busca Cristo bate sempre
à porta da Casa da Mãe"
"Também eu venho bater à porta da Casa de Maria"
24 de Julho de 2013
Papa Francisco
sábado, 20 de julho de 2013
Sol Nascente
Jardins da Fundação Gulbenkian |
Num olhar negro, sem olhar, um café,
uma mesa entre livros com folhas de jardim,
uma hora a tremer de vento, uns dedos magros de sono,
um caminho estreito, uns troncos molhados de verde,
uma sombra, um banco de pedra...
A vir de longe, ouvi a tua voz a entoar um olhar novo,
e, em frente, parecia-me ver, obscuro, um Sol Nascente.
20/ Julho/2013
(Poema inédito)
Teresa Ferrer Passos
Nos vinte anos do nosso primeiro encontro
Flor dos jardins da Fundação Gulbenkian |
Foi um jardim
A sala de visitas do destino.
Passeámos no meio dos canteiros,
Falámos de poesia,
Sem nos sabermos ainda passageiros
Do trem que partia nesse dia.
E esse dia, porque era tão diferente?
Era Julho, era sol,
Era luz, era haver tempo;
Não sei se era calor ou sombra acolhedora,
Nem se era o paraíso
Ou se era território português –
Mas isto é certo – Era uma vez…
20/7/2013
(Poema inédito)
(Poema inédito)
Fernando Henrique de Passos
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Uma nova solidariedade entre cidadãos
Manuel de Lemos recebe das mãos do Presidente da República a insígnia de grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique |
«Vivemos um tempo muito difícil e não
será nem em 2013, 14, ou 15 que a situação vai melhorar em termos globais. As
pessoas e as nossas Misericórdias vão continuar a sofrer e a palavra de ordem
vai ser aguentar a todo o custo. Mas os rigores da austeridade – que, fora das
demagogias partidárias, todos percebemos serem necessários – não podem de modo
algum cegar-nos às noções mais essenciais de humanidade e solidariedade entre
cidadãos, entre compatriotas, entre aqueles que, por pertenceram à mesma
pátria, partilham o passado, o presente e o futuro.»
Manuel de Lemos
Presidente da União das Misericórdias
Portuguesas In Voz das Misericórdias, pág. 7 (Junho 2013)
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quinta-feira, 18 de julho de 2013
As Ilhas Selvagens, o eco-sistema planetário e Portugal
Ilha Selvagem Pequena, região a 300 Km a Sul da Madeira e o ponto mais a Sul de Portugal |
1. No 50º aniversário da 1ª Expedição Científica às Ilhas Selvagens, o
Professor Cavaco Silva, Presidente da República, tomou a iniciativa de
comemorar a efeméride com uma visita integrada na missão de carácter cientifico,
que se está a efectuar nas Ilhas Selvagens. Esta missão deseja aplicar a
capacidade tecnológica de Portugal para defender as metas da ecologia, na
vertente da defesa da bio-diversidade à escala global.
2. A preservação do ambiente, já tão agredido por muitos países com
governos com um fraco sentido da responsabilidade, implica a revalorização de
toda uma economia marítima, pois os recursos que o mar ainda suporta são
indispensáveis para a reconversão do eco-sistema do planeta Terra. À defesa do
ambiente do mar e, assim, à defesa da vida, está associada a importância
geo-estratégica destas ilhas; a esta importância acrescenta-se o incremento de
uma macro-economia baseada nas pescas e nos portos e na implementação da
produtividade destes sectores com vista à exportação.
3. Localizadas a uma distância de 1000 km de Portugal, estas pequenas ilhas
foram descobertas por um italiano, em 1364. Foram nomeadas e baptizadas em 1438
(como era costume entre os navegadores portugueses) à passagem da caravela de
Diogo Gomes (de Sintra), também descobridor das ilhas de Cabo Verde, rios da
Guiné, etc. O navegador Diogo Gomes, homem ousado da escola dos navegantes sob
o comando do Infante D. Henrique, deixou-nos importantes informações sobre as
viagens marítimas em que participou e em que estas Ilhas Selvagens se
delineavam no mar como um farol do futuro.
4. Integrando-se no arquipélago da Madeira, as Selvagens e os seus ilhéus
formam um subarquipélago. O Presidente da República, nesta conjuntura política
de grave crise nacional, desloca-se a este torrão do mar que pertence à
soberania portuguesa e que lhe poderá garantir a maior Zona Económica Exclusiva
da União Europeia. Esta Plataforma Continental garantida pela distância a que
as Ilhas Selvagens estão de Portugal tem, nos tempos conturbados do mundo
contemporâneo, um valor incalculável, que os descobridores nunca supuseram
naquela época de grandes ilhas e de longos litorais onde desembarcavam com
palavras e gestos de paz.
5. O Professor Cavaco Silva está a avivar no espírito dos portugueses
aquilo que ainda podemos ter, distante mas nosso, e que tantas vezes
desprezamos como não valendo a pena. As
Ilhas Selvagens podem garantir a Portugal mais 2,15 milhões de quilómetros
quadrados de território marítimo, se Portugal vir reconhecida pelas Nações
Unidas, entre 2014 e 2015, a sua jurisdição plena, naquela que passará a ser a
maior Zona Económica Exclusiva da Europa.
18 de Julho de 2013
Teresa Ferrer Passos
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quarta-feira, 17 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
O vento e as pedras
Era Céu, era Serra.
Uma Cruz, uma Rosa.
E eu vi, sob a terra,
Uma lapa, uma lousa.
Era Céu, era flava.
Pela cava, Zulmira.
E a aragem tocava
Uma corda, uma Lira.
Algo é verde, ela é vedra.
É do Bel. Qual adobe?
É o Vento, que é pedra.
E é Alma, que sobe.
Algo é vau, que ela é vela.
É o Espírito e roca......
Uma nave, uma Bela,
Uma Rosa na boca.
AD MAJOREM DEI GLORIAM
Paulo Jorge Brito e Abreu
domingo, 14 de julho de 2013
Caderno Íntimo
«Os pensamentos que lhe percorreram a alma, a mais retirada das moradas, estão nas folhas deste caderno íntimo. E precisamente para os oferecer à Virgem Maria que lhe sorri e, desse modo singelo, lhe mostra que a quer escutar, que a quer pronta a dialogar com ela.»
Teresa Ferrer Passos, Santa Teresa do Menino Jesus e a Força dos seus Pequenos Caminhos, Edições Carmelo, 2013, p.14.
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sábado, 13 de julho de 2013
Meu Deus, lembrai-lhes...
«Fazei-vos servos uns dos outros pela caridade»
S. Paulo Gál. 5, 13
Encandeados pelas cores do pó
no olho nu desarmado, a apagar-se,
riem com riso irrisório
e correm
no sonoroso palmilhar do negro alcatrão…
não se vêem nem se sabem,
não são?
Entre nebulosas de pó verde, vermelho, amarelo,
eclipsam as identidades cheias de dádiva,
aniquilam a vontade pura de dar
e ampliam o absurdo em que correm
com vozes gritantes
a parecerem mendigos de atenção…
e não, não servem a ninguém,
nem tão pouco a eles próprios
nem tão pouco...
Meu Deus, Pai de todos nós,
lembrai-lhes o que é servir,
o verdadeiro dar e receber,
o que é dividir tudo na fraternal idade.
Meu Deus, Pai de todos nós,
lembrai-lhes o equívoco dos vendilhões do Templo,
lembrai-lhes que a nódoa das pistolas de tinta colorida
não são também senão equívoco ainda
e agora a servir-se do vosso dar
para vender um produto barato
e esvaziado das razões do que é mesmo o servir…
Meu Deus, Pai de todos nós,
lembrai-lhes a felicidade
de servir os outros, perdidos,
abandonados, sem afecto,
e não estes que só se identificam
por oferecer prazeres breves e cheios de nada.
Lembrai-lhes meu Deus, Pai de todos nós,
lembrai-lhes o que é o verdadeiro servir,
que alegria é ir até ao solitário,
ao triste, ao sem arrimo, ao sem eira nem beira…
e só assim chegarão mesmo, muito para além de si próprios!
11 de Julho de 2013
Teresa Ferrer Passos
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Personalidade para o diálogo...
Excerto da Comunicação ao país do Presidente da República em 10/7/2013
* Segundo consta, essa personalidade poderá ser o General António Ramalho Eanes. Se for essa a escolha do senhor Presidente da República, damos-lhe o nosso pleno apoio. (T.F.P.)
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quarta-feira, 10 de julho de 2013
Que alegria dividir
«Como é agradável dar o que temos dentro do nosso ser. Dividir com aqueles que estão mais ou menos próximos é uma obsessão para Teresa do Menino Jesus. Que alegria dividir aquilo que passa pelas suas emoções. Que conforto dividir os seus sentimentos, as suas lágrimas de dor ou de alegria.»
Teresa Ferrer Passos, Santa Teresa do Menino Jesus e a Força dos Seus Pequenos Caminhos, Edições Carmelo, 2013, p.9.
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sexta-feira, 5 de julho de 2013
Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade
UMA MULHER DE MÃOS ESCANCARADAS*
O Papa Francisco reconheceu hoje (5 de Julho de 2013) as “virtudes heróicas” da portuguesa Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade, fundadora da Congregação das Concepcionistas ao Serviço dos Pobres que poderá, a partir de agora, ser beatificada, quando for reconhecido um milagre por sua intercessão junto de Deus.
O desenho do branco desenha-se na larga e seca planície. A forma das pequenas casinhas caiadas confunde-se com a claridade branca do Sol. No Monte do Torrão, aldeia de Santa Eulália (a poucos quilómetros de Elvas), onde nasceu, em 1889, Maria Isabel recebera as palavras do Evangelho desde a infância. Uma fascinação pelas artes toca o coração de Maria Isabel. Com uma cuidada educação dada por seus pais, inscreve-se na Escola de Belas-Artes de Lisboa. Mas a arte de amar é mais forte. Regressa ao seu solitário Alentejo. Em 1912, tem vinte e três anos. É, então, que contrai matrimónio com João Pires Carneiro, lavrador abastado. Vão viver para S. Domingos, também a pouca distância de Elvas. O amor ao esposo é agora a sua meta e o seu contentamento.
Generosa, tudo dá de si porque dar é a sua vocação maior. Os anos passam na serenidade das soalheiras e das sombras macias dos sobreiros. Sem filhos, dedica-se inteiramente ao marido que, entretanto, adoece, sem sinais de recuperação. Com extremoso amor, Maria Isabel oferece-lhe o melhor de si. O agravamento do seu estado de saúde, debilita-a. Quer parecer forte ao olhos do esposo.
O cansaço abate-a, mas não a faz desistir de lutar. De têmpera combativa, procura o auxílio da oração. Suporta a cruz com abnegação. Mas o esposo sucumbe. A sua morte aparece-lhe como um fim inevitável. Na hora do seu falecimento fica paralisada, não sabe que sentido tem a sua vida sem aquele amparo que durara dez anos, sem ter recebido a dádiva de um filho. Sente a solidão na sua alma generosa, pronta para servir. Tem trinta e três anos. Corria o ano de 1922. Inconformada com o falecimento do esposo ainda tão jovem, ao longo de onze anos dá apoio à Igreja de Santa Eulália. Em 1934 entra nas Dominicanas de Clausura de Azurara, mas a falta de saúde leva-a a regressar à terra natal. Pouco tempo depois, em 1936, a Casa de Retiros em Elvas é-lhe entregue pelo arcebispo de Évora. A partir da atribuição desta responsabilidade, Maria Isabel vai doando generosos bens a essa obra.
A guerra civil espanhola prolongava-se pelo ano de 1939. Em Espanha, as Ordens Religiosas eram perseguidas pelas forças comunistas. As Irmãs Concepcionistas de Clausura de Santa Beatriz da Silva refugiam-se na zona de Santa Eulália. Tomando conhecimento da sua situação, logo Maria Isabel oferece as suas casas para as acolher. Dialogando longamente com as Irmãs daquela Ordem sente que a vontade do Pai devia ser o grande guia das acções humanas porque «só devemos querer uma coisa: que se cumpra em nós a sua santíssima vontade».
Pela primeira vez desde a morte do marido, sente-se fortemente ligada a uma comunidade monástica. Presta toda a atenção às palavras sábias das Irmãs de Santa Beatriz da Silva. Escuta os seus pontos de vista sobre a Ordem a que pertencem, sobre os seus objectivos. Sabe que a Imaculada Conceição é um alento maravilhoso para o culto divino. As palavras das Irmãs espanholas da Imaculada Conceição de Santa Beatriz mostram a Maria Isabel que a Ordem podia ser mais activa, mais dinâmica se tivesse a dimensão humana de auxiliar os pobres, os mais desamparados na sociedade.
Na verdade, a Ordem de Santa Beatriz era de cariz contemplativo. Juntar à oração a acção, a prática do auxílio material, seria alargar a construção da Casa do Espírito Santo. Os pobres precisavam, nestas paragens alentejanas, de bem mais assistência. A seara de Jesus exigia esse serviço. «Ninguém nos pode tirar Deus dos nossos corações; e com Deus nunca seremos pobres nem abandonados» escreveria Maria Isabel.
A vida de Maria Isabel orientava-se, agora, no sentido da dádiva dos seus bens aos pobres desse Alentejo solitário e pouco afortunado. Por que não fundar uma Ordem que unisse o espírito contemplativo ao da acção? «É certo que nada vales, mas comigo, tudo vencerás», eis as palavras que escutava bem dentro do seu coração. Unido a ela, Jesus dava-lhe a esperança de conseguir lançar uma nova Ordem. A cada instante, sentia Jesus incutindo-lhe perseverança apesar das dificuldades a vencer.
Agora sentia-se uma mulher capaz de renascer se fosse possível lançar os fundamentos de uma Ordem de Nossa Senhora da Conceição ao Serviço dos Pobres, tudo conforme o espírito de S. Francisco de Assis. As dificuldades não se fizeram esperar. Mas, «o sacrifício dará fruto a seu tempo», pensa Maria Isabel nas horas de desalento.
Uma excepcional força anímica vivia ainda em Maria Isabel para não vacilar ante os obstáculos. Acredita, com firmeza: «A oração dispõe-nos para a Graça»*. Em 1939, a Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres estava já a erguer-se. Construção lenta, mas fundada na esperança que não se deixa vergar pelos tempos nefastos. De facto, só a 5 de Julho de 1955, o Papa Pio XII aprovava a fundação do novo instituto religioso. É nesse mesmo ano que Madre Isabel faz a sua Profissão Perpétua.
Vencendo quem se opunha aos seus desígnios, a Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade, assim rebaptizada na religiosa senda, realizava o último e grande sonho da sua vida: entregar aos pobres todos os seus bens e com esses bens formar uma Congregação para os servir. Ao criar a Congregação das Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, as suas riquezas multiplicavam-se, todo o património de que era detentora foi entregue à nova comunidade religiosa. Os bens doados foram a terra fértil para concretizar o sonho de Maria Isabel: servir o Pai mesmo para além da planície larga desse Alentejo em que nascera.
Ao Serviço dos Pobres nada se perde, tudo é restaurado e dá fruto até ao fim dos tempos. Sete anos após a aprovação papal, Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade terminava a sua obra nessas terras de trigais a perder de vista. A morte punha fim aos seus incansáveis trabalhos, a favor dos mais abandonados, no ano de 1962. Em 1998, foi pedida a sua beatificação.
As orações daqueles que nela esperaram auxílio, na doença ou na pobreza, têm sido escutadas. No reino do Espírito Santo terá continuado a velar pelos mais desprotegidos. A beatitude revelara-a já em vida. Revestida de beatitude continuará no céu, nesse céu donde Jesus lhe sussurrava a Sua Vontade. E que era, afinal, a maior ambição de Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade: ajudar os pobres. Como ela soube pôr em prática aquilo que Jesus dissera ao homem rico: «vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu» (Mc 10, 21). Como ela terá meditado nas Bem-Aventuranças do Sermão da Montanha, das quais lembramos apenas uma das que mais a terá sensibilizado: «Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra» (Mt 5, 5).
Teresa Ferrer Passos
* Este texto, escrito em 28 de Dezembro de 2009, foi publicado na Seara dos Pobres (Out/Nov/Dez 2011), jornalinho da Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres (todas as citações foram retiradas da Novena à Serva de Deus Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade, Évora, 2008).
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