Mostrar mensagens com a etiqueta Presidente da República. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Presidente da República. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 18 de julho de 2013

As Ilhas Selvagens, o eco-sistema planetário e Portugal

Ilha Selvagem Pequena, região a 300 Km a Sul da Madeira
e o ponto mais a Sul de Portugal

1. No 50º aniversário da 1ª Expedição Científica às Ilhas Selvagens, o Professor Cavaco Silva, Presidente da República, tomou a iniciativa de comemorar a efeméride com uma visita integrada na missão de carácter cientifico, que se está a efectuar nas Ilhas Selvagens. Esta missão deseja aplicar a capacidade tecnológica de Portugal para defender as metas da ecologia, na vertente da defesa da bio-diversidade à escala global.

2. A preservação do ambiente, já tão agredido por muitos países com governos com um fraco sentido da responsabilidade, implica a revalorização de toda uma economia marítima, pois os recursos que o mar ainda suporta são indispensáveis para a reconversão do eco-sistema do planeta Terra. À defesa do ambiente do mar e, assim, à defesa da vida, está associada a importância geo-estratégica destas ilhas; a esta importância acrescenta-se o incremento de uma macro-economia baseada nas pescas e nos portos e na implementação da produtividade destes sectores com vista à exportação. 

3. Localizadas a uma distância de 1000 km de Portugal, estas pequenas ilhas foram descobertas por um italiano, em 1364. Foram nomeadas e baptizadas em 1438 (como era costume entre os navegadores portugueses) à passagem da caravela de Diogo Gomes (de Sintra), também descobridor das ilhas de Cabo Verde, rios da Guiné, etc. O navegador Diogo Gomes, homem ousado da escola dos navegantes sob o comando do Infante D. Henrique, deixou-nos importantes informações sobre as viagens marítimas em que participou e em que estas Ilhas Selvagens se delineavam no mar como um farol do futuro.

4. Integrando-se no arquipélago da Madeira, as Selvagens e os seus ilhéus formam um subarquipélago. O Presidente da República, nesta conjuntura política de grave crise nacional, desloca-se a este torrão do mar que pertence à soberania portuguesa e que lhe poderá garantir a maior Zona Económica Exclusiva da União Europeia. Esta Plataforma Continental garantida pela distância a que as Ilhas Selvagens estão de Portugal tem, nos tempos conturbados do mundo contemporâneo, um valor incalculável, que os descobridores nunca supuseram naquela época de grandes ilhas e de longos litorais onde desembarcavam com palavras e gestos de paz.

5. O Professor Cavaco Silva está a avivar no espírito dos portugueses aquilo que ainda podemos ter, distante mas nosso, e que tantas vezes desprezamos como não valendo  a pena. As Ilhas Selvagens podem garantir a Portugal mais 2,15 milhões de quilómetros quadrados de território marítimo, se Portugal vir reconhecida pelas Nações Unidas, entre 2014 e 2015, a sua jurisdição plena, naquela que passará a ser a maior Zona Económica Exclusiva da Europa.

18 de Julho de 2013

Teresa Ferrer Passos

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Personalidade para o diálogo...


«Desde que exista, à partida, vontade e espírito de cooperação entre os partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento, e desde que estes coloquem o interesse nacional acima dos seus próprios interesses, creio que não será difícil definir o conteúdo em concreto desse entendimento. Mais ainda, um acordo desta natureza não se reveste de grande complexidade técnica e poderá ser alcançado com alguma celeridade, podendo recorrer-se a uma personalidade de reconhecido prestígio que promova e facilite o diálogo.»*
                   Excerto da Comunicação ao país do Presidente da República em 10/7/2013


* Segundo consta, essa personalidade poderá ser o General António Ramalho Eanes. Se for essa a escolha do senhor Presidente da República, damos-lhe o nosso pleno apoio. (T.F.P.)

sábado, 27 de abril de 2013

Do consenso à paz social


«É essencial que, de uma vez por todas, se compreenda que a conflitualidade permanente e a ausência de consensos irão penalizar os próprios agentes políticos mas, acima de tudo, irão afetar gravemente o interesse nacional, agravando a situação dos que não têm emprego ou dos que foram lesados nos seus rendimentos, e comprometendo, por muitos e muitos anos, o futuro das novas gerações.»
(...)
«As instituições financeiras internacionais, fazendo uso da sua força persuasiva enquanto credores, terão induzido os governos dos países em dificuldades a aplicarem medidas que violam regras básicas de equidade, regras que constituem alicerces das sociedades democráticas contemporâneas. Ameaçando a coesão e a paz social, perturbaram a estabilidade das democracias constitucionais e geraram novos sentimentos antieuropeus.»
       Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República de Portugal (Discurso na Cerimónia da Assembleia da República comemorativa do 25 de Abril de 1974)