segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Relíquia de Santa Teresa do Menino Jesus em Lisboa


«A paróquia de Nossa Senhora das Mercês, em Lisboa, vai celebrar, de 1 a 6 de Outubro, a Festa de Santa Teresa do Menino Jesus, onde será possível venerar a primeira relíquia da padroeira das Missões e Doutora da Igreja a vir para Portugal após a beatificação.

"Sendo uma das igrejas de Lisboa com uma referência especial a Santa Teresinha, já que aqui, pela acção do padre Marques Soares, teve grande impulso o culto de Santa Teresinha logo após a sua canonização, continuamos a tradição de a festejar como uma das figuras mais importantes últimos tempos”, refere a paróquia, em comunicado"»
In site do Patriarcado de Lisboa (30/9/2013)

sábado, 28 de setembro de 2013

«Que fizemos nós da alegria?»


«A alegria nasce do acolhimento. Nasce quando aceitamos construir a vida numa cultura de hospitalidade.»
 In Agência Ecclesia, 20/9/2013
                                                     José Tolentino de Mendonça 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

«O luar quando bate na relva»


«O luar quando bate na relva
Não sei que coisa me lembra...
Lembra-me a voz da criada velha
Contando-me contos de fadas.
E de como Nossa Senhora vestida de mendiga
Andava à noite nas estradas
Socorrendo as crianças maltratadas...

Se eu já não posso crer que isso é verdade
Para que bate o luar na relva?»

Alberto Caeiro (Fernando Pessoa), Guardador de Rebanhos

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Uma tília do jardim


«de súbito a carruagem! (...) Cá fora Camilo agita as rédeas dos cavalos fogosos numa inquietação que lhe é tão habitual como a sombra da tinta nos seus escritos... ansiedade e determinação na hora do rapto com a experiência da atitude distante... mas eis que descortina Ana passando por trás de uma tília do jardim de acesso à Conceição»

Teresa Ferrer Passos, O Segredo de Ana Plácido,
 1ª edição, Gazeta de Poesia, 1995, p.97; 2ª edição (ass. pelo ortónimo Teresa Bernardino), Nova Vega, 2000.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ecrã mágico


«Fora da esfera do ecrã mágico , a sociedade era imunda. Só a muito poucos era ainda possível dialogar fora das suas fronteiras. O ecrã assumia-se como o veículo em que podiam confiar; era mesmo um verdadeiro espelho, em que cada mensagem ganhava a dimensão décima sétima do sagrado, como se fosse a vida ou a eternidade»
Teresa Ferrer Passos, Planeta Joyce 8,
2007, pág. 90.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Maria na ficção contemporânea


Maria e o Menino (Arte Bizantina)

«Com o dinheiro que tinha poupado, comprei a um dos ourives uma estatueta da deusa, que me animou a alma. E escondia-a. Mas foi importante para mim saber que estava dentro de casa perto de mim, e que podia sussurrar-lhe durante a noite se precisasse»
                                      
                      Colm Tóibín, O Testamento de Maria, 2013, p.20

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Entrevista polémica do Papa

Entrevista do Papa Francisco a uma revista jesuíta (excerto polémico):
«Deus na criação nos fez livres: a ingerência espiritual na vida das pessoas não é possível.»

«Papa acolhe gays, diz que não pode julgá-los e ataca lobbies no Vaticano», escreve-se no jornal O Estado de S. Paulo .



As palavras do Papa Francisco criaram uma situação caótica no espírito dos cristãos. Então, o Papa está a confundir pecado com pecador? Deus aceita o pecado ou aceita o pecador? Pensamos que Deus aceita o pecador como filho amado e tem em vista salvá-lo do pecado. Por isso, parece pouco avisado da parte do Papa Francisco que coloque a questão nestes termos. O facto de Deus nos ter dado liberdade não implica que concorde sempre com o uso que fizermos da liberdade que nos foi dada. Não disse Jesus: "Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta que conduz à perdição e muitos são os que seguem por ela" (Mt 7, 13)?
              20/9/2013
Teresa Ferrer Passos

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O rio do meu jardim


O RIO DO MEU JARDIM

(invoco, para a Musa, o 6 de Paus)

«in memoriam» Teixeira de Pascoaes

No rio do Paraíso havia bdélio e ónix
No rio do meu jardim havia bdélio e ónix
Os pássaros sobrevoavam o campanário eclesial
E as flores eram mais doces que o mel
No rio do meu jardim
Onde havia bdélio e ónix
Porque me curavam de todos os meus males
E eu nunca estava doente
E tinha asas que eram transparentes
No rio do meu jardim
Depois então, a minha companheira
Comeu o fruto que estava proibido
O nosso Criador tinha-lhe dito que não, que não o comesse,
Mas ela comeu-o, infelizmente,
E agora - pobre de mim!!!
Tenho de morrer novamente para voltar outra vez
Ao rio do meu jardim

Lisboa, 13/ 07/ 1979


AD MAJOREM DEI GLORIAM

Paulo Jorge Brito e Abreu

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Renovação à vista

«O Papa que tantos consideravam como “retrógrado” fez um gesto “revolucionário”: foi-se embora. E assim “laicizou” o papado, mostrando-o falível e exposto às fraquezas humanas: as da velhice e da saúde, naturalmente, mas também as das manigâncias vaticanas, que nos últimos anos têm andado bastante mafiosas.»
Pedro Mexia, Blogue «Malparado» (1/3/2013)

Sombras luminosas


Camilo (pintura de Roque Gameiro)
«Devagar contemplo o despertar das estrelas na vigília da minha alucinante certeza de conhecer todos os segredos de Ana. As velas que acendo à medida que se vão esgotando sentem como me é indiferente a sua luminosidade apesar de precisar da sombra que projectam para lançar no papel as ondas violáceas da perseverança perante a qual me inclino como um peixe à beira do mar depois da consumação da vida.»

Teresa Ferrer Passos, O Segredo de Ana Plácido,
Edições Gazeta de Poesia, 1995, p. 64

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ana Plácido e a alma de Camilo

Ana Plácido
«Recordo as palavras de Ana escritas no romance Adelina. Num baixo conceito se observa, lúcida e louca, amante e sem amar, alma elevada e a espelhar-se na poeira mais insignificante e redutora. "Foi na noite maldita daquele baile". Anota Camilo em 1857. Esta frase parece a confissão de um arrependimento. A realidade é-lhe atroz. O desespero habita-o. »
         

Teresa Ferrer Passos, O Segredo de Ana Plácido,
Edições Gazeta de Poesia, 1995, p.19

Nota: Foto retirada do Blogue "Combustões".

domingo, 8 de setembro de 2013

Vigília pela paz na Praça de S. Pedro


«Queria pedir ao Senhor, nesta noite, que nós cristãos, os irmãos de outras religiões, todos os homens e mulheres de boa vontade gritassem com força: a violência e a guerra nunca são o caminho da paz! Que cada um olhe dentro da própria consciência e escute a palavra que diz: sai dos teus interesses que atrofiam o teu coração, supera a indiferença para com o outro que torna o teu coração insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te ao diálogo, à reconciliação: olha a dor do teu irmão e não acrescentes mais dor, segura a tua mão, reconstroi a harmonia perdida; e isso não com o confronto, mas com o encontro! Que acabe o barulho das armas!»
   
Vaticano, 7 de Setembro de 2013
Papa Francisco

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Florestas a perder de vista, para quê?


«Será que existe neste País alguma política para o Mundo Rural, para a floresta, para o ordenamento do território, para o combate à desertificação do interior, para a fixação das populações, para o reequilíbrio entre o interior rural e o litoral urbano, para o combate às desigualdades e às assimetrias regionais, para a diversificação da base económica do País?»


Luís Monteiro Pereira, «Um País a arder» in A Avezinha Jornal Algarvio (5/Setembro/2013)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Rumo à paz


O Papa Francisco decidiu enviar a toda a Igreja, ao mundo não católico e a todos os homens de boa vontade,  um convite para, no próximo dia 7 de Setembro, se realizar uma jornada de oração e jejum pela paz na Síria, no Médio Oriente e no mundo inteiro, entre as 19h e as 24h (18h e  23h em Portugal continental).