O RIO DO MEU JARDIM
(invoco, para a Musa, o 6 de Paus)
«in memoriam» Teixeira
de Pascoaes
No rio do Paraíso havia bdélio e ónix
No rio do meu jardim havia bdélio e ónix
Os pássaros sobrevoavam o campanário eclesial
E as flores eram mais doces que o mel
No rio do meu jardim
Onde havia bdélio e ónix
Porque me curavam de todos os meus males
E eu nunca estava doente
E tinha asas que eram transparentes
No rio do meu jardim
Depois então, a minha companheira
Comeu o fruto que estava proibido
O nosso Criador tinha-lhe dito que não, que não o comesse,
Mas ela comeu-o, infelizmente,
E agora - pobre de mim!!!
Tenho de morrer novamente para voltar outra vez
Ao rio do meu jardim
Lisboa, 13/ 07/ 1979
AD MAJOREM DEI GLORIAM
Paulo Jorge Brito e Abreu
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