segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
Aniversário Natalício de minha querida mãe, ontem, Dia de Natal
terça-feira, 13 de dezembro de 2022
NATAL / 2022
Presépio da nossa casa |
Is. 11, 6
«Olhai: coloco em Sião uma pedra-testemunho,
uma pedra angular, preciosa, de base:
Aquele que confiar nela não tropeçará»"
"Para seguirmos o exemplo de Maria, para deixar Deus entrar
e agir na nossa vida, temos de Lhe abrir a porta. Maria pôs-se
ao dispor de Deus. Isto é que é acreditar! A fé implica-nos."
A VIDA SILÊNCIO AZUL
desliza célere sobre o deserto das almas
e as casas perdem-se de si na procura das mesas
onde havia o pão e o leite e a fruta.
exaustas, já gastas e enlameadas,
sentem-se perto do dilúvio.
como se fosse um trovão a descer com raios fulminantes,
os raios do mal. E tudo à volta é abatido.
a água vem do alto sem um suspiro de dor,
tudo retira dos lugares que pareciam inamovíveis.
resta apenas uma pequena faúlha: o sóbrio bem.
sustenta-o a audácia grácil e uma língua de azul
emerge das negras nuvens apagando-as.
a vida resiste. Resiste mais uma vez,
como um silêncio imaculado e sem fim.
13/12/2022
Teresa Ferrer Passos
Os seres humanos parecem-me formigas,
As formigas parecem-me micróbios,
E não tenho amigos nem amigas.
Às escondidas, por exemplo.
Ninguém me ia encontrar
Se me escondesse no meu Templo!
Ter de pedir que me levassem pela mão
A ver o sol poente
No final de uma tarde de Verão.
Que me passasse a mão pelos cabelos com meiguice,
Mas que me ralhasse também
Se eu fizesse uma tolice.
Não conhecer o meu destino
E só saber que tinha de ir em frente.”
In Fernando Henrique de Passos, Breve Viagem nas Margens do Mistério, Hora de Ler, Leiria, 2018, pág. 12.
«Este é o Filho do homem, ao qual a justiça pertence, o qual revelou todos os tesouros do que é escondido»(1)
Menino Jesus de um dos presépios da Exposição da ALDEPA, em Alcantarilha |
sábado, 10 de dezembro de 2022
Papa Francisco e D. José Tolentino de Mendonça na Biblioteca do Vaticano |
JOSÉ TOLENTINO DE MENDONÇA, perfeito do Dicastério para a Cultura e Educação do Vaticano, em entrevista à RR, após apresentação do seu livro «Metamorfose Necessária» em 9 de Dezembro de 2022, na Fundação C. Gulbenkian:
domingo, 4 de dezembro de 2022
UM POEMA de FERNANDO HENRIQUE DE PASSOS:
RETRATAÇÃO DO SOL PERANTE OS PLANETAS
quinta-feira, 1 de dezembro de 2022
A RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
A RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL em 1640, no dia primeiro de Dezembro, após 60 anos de dominação espanhola, a data inesquecível do Povo Português. Este Povo que nunca aceitou o colapso da Pátria no fatídico ano de 1580 - o ano da morte de Camões, o Poeta que com excelência cantou nos seus versos a História dos insubmissos Lusíadas, dos arrojados Lusitanos.
1/Dezembro/2022
T.F.P.
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
Um poema do livro de Teresa Ferrer Passos, MEMÓRIA DE PAZ, Hora de Ler, Leiria, pp. 9-10:
domingo, 27 de novembro de 2022
«MEMÓRIA DE PAZ», Hora de Ler, Leiria, 2022, pág. 7:
sábado, 19 de novembro de 2022
UM POEMA do livro «MEMÓRIA DE PAZ», Hora de Ler, Leiria, 2022, pp. 11-12:
Alcantarilha antiga vista do lado nascente |
MEMÓRIA DE ALCANTARILHA
Imensa. Os sons, irreconhecíveis, prolongavam-se
Na minha alma cansada e ansiando paz.
Ali, ao crepúsculo, o piar do cuco tímido e choroso
Fazia-me pensar em todas as solidões do mundo.
Mas, os sinos da igreja desviavam-me o pensamento.
Extasiada pelo colorido azul-róseo do céu
A convocar-me a um cântico novo ao criador.
Com trinos rápidos, na excitação pelo fim do dia.
E as árvores inclinavam-se às verdes folhas paradas.
Pesada de esperança nas asas ávidas de vida.
E, sem olhar para trás, rumava ao alto ninho.
Então, frente à beleza do cenário,
Parecia-me que, sem saber, rezava.
quarta-feira, 9 de novembro de 2022
Excerto da obra de Teresa Ferrer Passos «São Joaquim - uma Alma à Procura de Deus» ( narrativa ficcional em elaboração):
sábado, 5 de novembro de 2022
NO PRESENTE SE ESCREVE O ANTES
Lembrança do dia de noivado, há 29 anos
E vejo um mar de amor que nunca se quebra
uma vereda invisível a romper os agrestes caminhos
um golpe de vento a lançar flores em vez de um suspiro.
A memória do tempo revela todo um antes presente
e as nossas mãos se cruzam como almas ardentes.
uma palavra a emergir e a nascer da vida
5 de Novembro de 2022
Teresa Ferrer PassosVamos em dois cavalos à desfilada
Mas mesmo assim vamos de mão dada.
Tudo em nós é horizonte,
Vale após vale e monte após monte.
E nas cores de incêndio deste fim de tarde
É o nosso amor a chama que arde.
É o nosso amor a luz que nos guia,
Para além das trevas, para além do dia.
Desabam palácios quando nós passamos?
Não queremos saber! Não nos importamos!
Já não tenho medo, tu nunca o tiveste;
A minha coragem, tu é que ma deste.
Vamos de mão dada e olhamos em frente
E a marcha do tempo é rumo ao presente.
Um presente eterno chega à desfilada
Na hora em que o tudo eclode do nada.
E as cores do ocaso brilham na distância
E sabem que a paz vai seguir-se à ânsia.
Vamos a galope, vamos de mão dada,
E tudo é presente, e tudo é chegada…
5/11/2022
Fernando Henrique de Passos
sábado, 29 de outubro de 2022
A propósito do 29º aniversário do nossa namoro
uma cidade ergue-se nas colinas
desavindas com a tua doçura ardente de mago.
a cavalgares um destino abundante de inclemência
descobres-me um dia a tropeçar em desditas
a apagar-me em sementes envelhecidas
a não ter sentido algum numa terra
a evadir-se de si
sem palavras de amanhã.
Foi a hora. O meu amanhã nasceu.
Era a hora da tarde.
Teresa Ferrer Passos
UM BOSQUE NO OUTONO
A cidade que eu via como triste e feia
Albergava uma donzela
Bondosa e bela.
E eu vi-a e amei-a.
Nasceram rebentos de arbustos que cresceram
E num dia se fizeram árvores que aprenderam
A dar frutos no Outono, redondos e
dourados.
E a cidade tornou-se um bosque colorido
Pela magia da donzela boa.
A cidade é a vida, além de ser Lisboa,
E a vida desde então passou a ter sentido.
29/10/2022
Fernando Henrique de Passos
UM POEMA
SILÊNCIO INÉDITO
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
MEMÓRIA
O Professor Adriano Moreira (1922-2022) cuja morte nos surpreendeu, apesar de já contar 100 anos de idade, marcou a política portuguesa com chave de ouro. Sem dúvida que o autor de «Ciência Política» (1979) e de «O Novíssimo Príncipe» (1977), ficará na história como um grande teórico português do pensamento político. Atravessando dois períodos antagónicos de governação em Portugal - o regime do Estado Novo e o regime instaurado em 25 de Abril de 1974 - soube manter uma coerência e uma integridade de ação político-social exemplar. O seu nome manter-se-á vivo para além dos séculos XX-XXI em que viveu! Por isso, estará sempre perto de nós.
domingo, 23 de outubro de 2022
A PROPÓSITO DO DIA MUNDIAL DAS MISSÕES
Uma breve passagem de «São Joaquim, uma alma à procura de Deus» de Teresa Ferrer Passos, obra ainda inédita:
«Pregava, sem rodeios, desassombradamente, com uma expressão de aramaico culto, as frases curtas, o pensar rápido, tudo era proferido com autoridade. Falava das virtudes, dos bons costumes, da pureza de alma, do desprezo dos bens materiais, da perseverança, mesmo no meio do sofrimento, pois este decorria da precariedade e do caráter efémero da vida e trazia, em primeiríssimo lugar, a recompensa de se descobrir mais do que nunca na presença de Deus; o caminho certo era a esperança que conduzia à serenidade; a grande alegria do ser humano era a fidelidade a si próprio e ao seu próximo.»
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
POR OCASIÃO DO MEMORÁVEL 200.º ANIVERSÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, EM 7 DE SETEMBRO DE 1822
Excerto de um artigo que publiquei no
«Diário de Notícias», em 26/6/1988, sob o ortónimo de Teresa Bernardino:
"Em 1822 rebentou uma revolta contra o domínio português, que D. Pedro conseguiu dominar, e, no mês de Abril, o jornal Revérbero propôs ao Regente que fosse “o fundador do novo Império”. Pouco depois, a Maçonaria com o apoio do Senado e do Conselho de Procuradores-Gerais das Províncias ofereceu a D. Pedro o título de Protector e Defensor Perpétuo do Brasil, que ele aceitou a 13 de Maio, dia do seu aniversário.
A
agitação nas províncias era incrementada pelo confronto entre os partidários da
autonomia (personificada por D. Pedro) e aqueles que desejavam obedecer às
determinações das Cortes Constituintes da metrópole. O Brasil estava dividido
entre as duas facções, sendo a mais popular contrária à Assembleia Legislativa de
Lisboa, que só humilhava a tão venerada emancipação. Eram recebidas como ordens
afrontosas a continuação de D. Pedro como “Regente até à publicação da Constituição,
mas sujeito ao rei e às Cortes” e a instauração de um processo ao governador de
S. Paulo por ter pedido a permanência do príncipe no Brasil.
As
instruções das Cortes de Lisboa foram interpretadas como uma interferência
abusiva no poder do regente por vários conselheiros, que o consideraram mesmo
“prisioneiro das Cortes”, instituição que mostrava tentar “escravizar o
Brasil”.
Era
o dia 7 de Setembro de 1822 e D. Pedro encontrava-se nas proximidades do
pequeno rio Ipiranga quando alguns emissários lhe deram conhecimento destas
últimas decisões oriundas de Lisboa. Resolvido a não continuar sob a tutela da
revolucionária Assembleia liberal portuguesa, D. Pedro proclamou a ansiada
“Independência ou morte”, que o iria ascender a primeiro Imperador do Brasil.
Aclamado e Coroado Imperador na Capela Imperial do Rio de Janeiro, no dia 12 de
Outubro de 1822 (o príncipe dera o mais lato sentido à decisão tomada a 9 de
Janeiro de 1821, pela qual desobedecia às Cortes, ao ficar em terras do
Brasil).
Em
carta justificativa desse ato, afirmava que se saísse do Brasil, logo este se
tornaria independente, enquanto se ele aí permanecesse, o território não se
separaria de Portugal. A sua convicção maior era a de que a força das armas não
podia impedir a independência, mas sim “o comércio e o brio da reciprocidade”, porque
ambos “são as duas molas reais sobre que deve trabalhar a monarquia
luso-brasílica”.
A
ideia de conservar a ligação entre as duas Cortes é incontestável em numerosas
cartas dirigidas pelo Imperador D. Pedro I a D. João VI, mas as fortes pressões
internas por parte de instâncias políticas e sociais, a prepotência das Cortes
constitucionais, que procuravam retirar ao território a autonomia alcançada ao
longo da permanência de D. João VI na colônia, as honras e os títulos que os
brasileiros lhe outorgaram, com o cognome de Defensor Perpétuo do Brasil, foram
os principais fatores da mudança. Esta está patente nas cartas posteriores ao
mês de Maio de 1821. Era, de fato, inegável o seu exultante entusiasmo ao
escrever que tratava os brasileiros não só como fi lhos “como V. M. me
recomendou, mas também como amigos”.
Noutra
passagem nota a necessidade de não inverter a evolução que os tempos e as
conjunturas provocaram: “Sem igualdade de direito em tudo e por tudo, não há
união”. Nessa disposição de espírito, propunha-se defender os direitos dos
brasileiros, se necessário com o seu sangue “que não corre senão pela honra,
pela Nação e por V. M.”. Para fundamentar a insubmissão perante as Cortes,
escreverá ainda sobre a sua adesão à causa da “colônia”: “Não sou rebelde, como
hão de dizer a Vossa Majestade os inimigos V. M., são as circunstâncias”.
O
grito do Ipiranga culminara um longo processo não iniciado em 1820, como muitos
afirmam, mas remontando à chegada de D. João VI e toda a Corte portuguesa ao
Atlântico Sul. A revolução de Agosto de 1820, se trouxe a vantagem de fazer regressar
o rei à Metrópole, teve na sua essência e como objetivo maior, recuperar os
mercados brasileiros, tão preciosos à burguesia portuguesa
(importação-exportação). Este móbil tornou as Cortes constituintes gravosamente
hostis à comunidade brasileira, que já não podia aceitar a perda da larga
autonomia política ou a fuga dos valores econômicos que estavam a fazer
prosperar aquele extenso e rico domínio português.
A
exigência do regresso do príncipe-regente, escolhido pelo rei de Portugal, numa
difícil conjuntura interna do Brasil, em parte aderente às revoluções
autonomistas e republicanas da América do Sul, foi o detonador de uma situação
insustentável, quer para Portugal, quer para o Brasil.
Sem
poder lutar contra as circunstâncias, como escrevia o Imperador D. Pedro I a
seu pai, conseguiu, no entanto, não provocar o ódio ou até levantamentos de
armas contra a Pátria lusa, que no ano de 1500 começou a desbravar e a
engrandecer a futura grande nação da América Latina. Longos anos de permanência
naquela terra promissora, deram a D. Pedro I a noção exata do seu glorioso
porvir que ele quis ajudar a edificar.»
A MORTE DA RAINHA ISABEL II (8 de Setembro de 2022):
A Rainha Isabel II, uma mulher com uma personalidade fortíssima manteve-se igual a si própria durante 70 anos de reinado e 96 de vida; ainda incansável, apesar de já muito enfraquecida, na véspera da sua morte cumpriu ainda as suas funções - como ela diria o seu dever - de soberana, ao dar posse à nova Primeira Ministra do Reino Unido. Um exemplo de vida a recordar!
UMA GUERRA NUCLEAR GLOBAL?
1.
NO 1º CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DA GRANDE ROMANCISTA PORTUGUESA AGUSTINA BESSA LUÍS (1922-2019):
Agustina Bessa Luís na sua casa do Porto |
quarta-feira, 14 de setembro de 2022
CAMINHAR SOBRE AS ÁGUAS (um poema)
sábado, 13 de agosto de 2022
AS MINHAS HORAS
Há horas, como as árvores,
não vergam com o vento.
Vejo-o nos dias em que o temporal
atinge as minhas horas.
Imprevistas.
A crua realidade parece consumir
a minha alma. Os instantes são breves.
Sufocada por momentos, sobrevive mesmo assim.
Permanece em busca do afago divino,
afinal, ali à beira.
sexta-feira, 12 de agosto de 2022
Poema inédito de aniversário
à Teresa pelo seu Aniversário
Não por ser Agosto
Mas por tu vires dele.
Isto é ter bom gosto!
Gosto do que escreves,
Gosto do que dizes.
Horas a teu lado
São horas felizes.
Gosto dos teus beijos,
Da tua meiguice.
Gosto de te olhar,
Não sei se já disse.
Não sei se já disse
Que gosto de ti.
Gosto mesmo muito,
Desde que te vi.
Mas brinco pois sei
Que já to disse antes
E que o repeti
Em muitos instantes.
E também repito,
Hoje, no teu dia:
És o meu amor
E a minha alegria!
9/8/2022
sábado, 6 de agosto de 2022
LEMBRANDO O MAIOR ATENTADO MORTÍFERO DA HISTÓRIA
sexta-feira, 5 de agosto de 2022
«Somos uma geração de lamentos, que deixou de saber agradecer, que dissipou os profetas e poetas, os enamorados e os bons. E todavia são eles a parábola, o rebento, ramo de figueira ou de amendoeira do mundo salvado. São-no aqui e agora, sobre a Terra inteira e dentro da minha própria casa, como rebentos bons, embebidos de Céu, impregnados de Deus. Quem me quer bem é lâmpada para os meus passos.»
Ermes Ronchi, "Aprender da sabedoria das árvores" in Avvenire, 12/11/2021 [Fonte: Pastoral da Cultura]
sábado, 30 de julho de 2022
Pormenor do retábulo do altar-mor da igreja da Misericórdia, Alcantarilha |