uma cidade ergue-se nas colinas
desavindas com a tua doçura ardente de mago.
a cavalgares um destino abundante de inclemência
descobres-me um dia a tropeçar em desditas
a apagar-me em sementes envelhecidas
a não ter sentido algum numa terra
a evadir-se de si
sem palavras de amanhã.
Foi a hora. O meu amanhã nasceu.
Era a hora da tarde.
Teresa Ferrer Passos
UM BOSQUE NO OUTONO
A cidade que eu via como triste e feia
Albergava uma donzela
Bondosa e bela.
E eu vi-a e amei-a.
Nasceram rebentos de arbustos que cresceram
E num dia se fizeram árvores que aprenderam
A dar frutos no Outono, redondos e
dourados.
E a cidade tornou-se um bosque colorido
Pela magia da donzela boa.
A cidade é a vida, além de ser Lisboa,
E a vida desde então passou a ter sentido.
29/10/2022
Fernando Henrique de Passos
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