sábado, 29 de outubro de 2022

UM POEMA

 SILÊNCIO INÉDITO


no momento estranho do silêncio
crescem raízes amargas como fel,
surgem árvores e ervas no pinhal
no momento estranho do silêncio,
as farpas atravessam as inter-redes da quimera
e cravam-se no peito brando do inocente
de coração prenhe de ingenuidade e bem querença
no momento estranho do silêncio
quebram-se os grilhões, abate-se a espera
e a vida ainda com explosões de verdade
sussurra devagar crepita ainda
num fogo já apagado

29/10/2022 (poema acabado de escrever)

Teresa Ferrer Passos

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