A voraz vertigem da verdade:
Os lábios entreabertos femininos
Sorvem as cascatas caudalosas
Que caem desde o sol
Na cega luz dos paradoxos.
Filósofos nocturnos enlouquecem
Perante o espanto das janelas
Abertas sobre céus sem fundo
Cansados da insónia dos milénios
Esperando em vão a vinda de astronautas sábios
Que não deixem pegadas sobre a Lua
Quando ela se espreguiça como gata
Espreitando sombras florentinas
No cimo de torres impossíveis
Que equilibram como por magia
A malícia das leis dos telescópios
E a ternura das penas dos poetas.
Trezentos e sessenta graus de ignorância:
Amplitude côncava de espelhos
Tão sólidos como ângulos sem espaço
No delírio dos árabes algébricos
Perplexos ao saberem que a chave procurada
Deve ser dita sem palavras.
7/4/2015
Fernando Henrique de Passos
Os lábios entreabertos femininos
Sorvem as cascatas caudalosas
Que caem desde o sol
Na cega luz dos paradoxos.
Filósofos nocturnos enlouquecem
Perante o espanto das janelas
Abertas sobre céus sem fundo
Cansados da insónia dos milénios
Esperando em vão a vinda de astronautas sábios
Que não deixem pegadas sobre a Lua
Quando ela se espreguiça como gata
Espreitando sombras florentinas
No cimo de torres impossíveis
Que equilibram como por magia
A malícia das leis dos telescópios
E a ternura das penas dos poetas.
Trezentos e sessenta graus de ignorância:
Amplitude côncava de espelhos
Tão sólidos como ângulos sem espaço
No delírio dos árabes algébricos
Perplexos ao saberem que a chave procurada
Deve ser dita sem palavras.
7/4/2015
Fernando Henrique de Passos
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