domingo, 9 de junho de 2024

 APARIÇÃO DE MARIA


Em cada imagem, há um sentido
próprio, inviolavelmente belo.
A imagem pronta para os olhos ávidos
de coisas, coisas sensíveis,
tão em si mesmas visíveis.
E a imagem é a Senhora
mais luminosa do que o Sol.
Viram os mais pequeninos.
Que força possuiu Maria, a descer do céu!
Que impetuosa ascensão para a Sua morada!
Que imagens a maravilhá-los…
Apareceu Maria, como uma estrela intensa,
distante ou cheia de proximidade?
Que sensação vê-la ali, quase ao lado deles,
a transcendê-los e igual à sua imanência!
Oh aparição de Maria, nesses dias 13
do ano de 1917!
Senhora, cercada de relâmpagos de luz e,
ao mesmo tempo, com palavras iluminadas de fé,
uma fé visível,
tão visível de significados,
como sentiram os olhos das crianças.
Oh imagem bela e perfumada! Oh Maria!
Apareceste como qualquer outra mulher,
apareceste como qualquer outra mãe.
Imagem de Maria a aparecer
aos mais simples do mundo, as crianças.
E, precisamente, conheceram-na,
de viva voz e com os seus próprios olhos!

Teresa Ferrer Passos, «Vimos mesmo a Senhora do Céu», Hora de Ler, 2018, pág.11.



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