À beira de um regato
Ouvindo o devir do verão
O estalar dos caules secos sob os pés
O vibrar contínuo das cigarras
Que encadeia instantes sem fronteira
Sobrepondo o antes o depois e o agora
Aqui
Se soubesse como fazer parte
Ali
Fora do sono e do torpor
Onde os outros conhecem sem saber
A maneira certa de existir
Aqui
Eu penso que o segredo está em ser-se menos
Aqui
Eu penso que o segredo está em estar-se mais
Aqui
Eu penso que penso mais do que devia
Acerca da maneira certa de existir
24/6/2012
Fernando Henrique de Passos
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixe aqui o seu comentário