A luz de mil jardins,
Verde sobre azul
Com riscos de água transparente.
Chamei a isto: instante,
Mas afinal a luz nunca parara,
Pois não existe tal coisa: luz imóvel.
E é talvez por isso que o tempo não pára de passar
E é talvez por isso que não há instantes
Excepto entre sombras na memória
Onde o nosso querer suspende as leis da física
E pode não ser nula a massa em repouso do fotão.
15/6/2012
Fernando Henrique de Passos
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