OLHA, RAPAZ, AS TUAS MÃOS!
Olha, Rapaz, as tuas mãos,
tão frágeis e tão nuas
mas tão tuas!
Com elas poderás
fazer a tua casa,
semear teu pão,
regar o teu jardim,
saudar o teu irmão.
Com elas poderás pintar vitrais,
fazer mastros, navios,
construir catedrais.
Olha, Rapaz, as tuas mãos,
olha os teus dedos
tão frágeis mas tão teus,
e ousa depois dizer
que não há Deus.
Fernanda de Castro, Urgente (1989)
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