É noite no santuário. A capelinha parece abandonada.
As portas de vidro fustigadas pela chuva não estremecem.
A imagem de Maria sorri, sorri apenas para as estrelas vigilantes.
O seu olhar sereno descai lentamente no mar do silêncio.
É noite em Fátima. O sino da Basílica silenciou-se.
Ao longe, caminha uma velha mulher. Procura um abrigo.
Está ali, só como Maria. Só com um cesto na mão.
De súbito, sente que está perto da Mãe procurada.
Olha a capelinha apagada. Descobre, no véu de água
O sorriso de Maria. Ali está a Mãe reencontrada!
E, a tropeçar no aguaceiro, arrastando os pés doridos,
Sorri também. Suspira fundo de alívio. Como se sente
Perto daquele sorriso de Mãe tão Amorável!
30 de Março de 2012
Teresa Ferrer Passos
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