«(...) O mar entrou por ele dentro - e coube. Disso falam ainda os seus versos, com palavras eternas como as pirâmides. Tomou parte em guerras. Era português. Sofreu injustiças, ódios, erros próprios ou alheios, perseguições... e fome: Era o poeta maior da pátria. Também disso falam ainda os seus versos, com lágrimas que ainda hoje correm. Os seus versos falam de muita coisa! Quis vir morrer a Portugal, a quem trazia os Lusíadas. Quis escrever os Lusíadas - para que pelos séculos dos séculos todos os povos da terra soubessem da existência de Portugal. Morreu tão desgraçado, que ousou queixar-se de seus irmãos: Não mais, Musa, não mais... (...)»
José Régio (1901-1969) in revista Presença, nº 13, 13 de Junho de 1928.
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