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Monumento aos Restauradores da independência, em Lisboa |
«E, se a consciência de que o
povo poderia ser o sustentáculo de uma Revolução se tornava nítida, a
necessidade do braço armado dos nobres se levantar contra a tirania injusta,
surgia como uma evidência.
Foi nesta ambiência que, após
longas e reflectidas deambulações pelos serenos jardins do seu palácio, D.
Antão e outros fidalgos começaram a planear os caminhos para a restauração da
independência nacional.
Inconformados com a subordinação
ao estrangeiro, com a revolta latente nos corações, sentiam-se prontos para
concretizar a acção que havia de derrubar do trono uma soberania cada vez mais
detestável.»
Teresa Ferrer Passos, A Restauração de 1640 e D. Antão de Almada,
Universitária Editora, 1999, p.24.
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Independência, hoje?
Em 1 de Dezembro de 1640, os Portugueses repuseram a dignidade da sua Pátria, abatida pelo poder vergonhoso do estrangeiro dominador.
Que hoje os nossos governantes não deixem aviltar-se por mais tempo a memória destes nossos antepassados.
Há que reagir a uma submissão que nos silencia em questões de natureza interna, como a dos estaleiros navais de Viana do Castelo. Afinal, Portugal faz parte de uma União Europeia que respeita as soberanias nacionais de todos os países que a constituem, ou está subordinado a uma União de países que nos emprestam, com juros mais ou menos altos, consoante aceitamos, ou não, as suas ordens sobre resoluções que deveriam respeitar apenas ao governo do Estado português?
Com exigências desta ordem, a soberania nacional corrompe-se e o tecido social de Portugal vai-se desmoronando. Quem o reconstruirá?
1 de Dezembro de 2013
Teresa Ferrer Passos