sábado, 14 de dezembro de 2013

NATAL 2013


NATAL DE JESUS CRISTO
 em Belém na Judeia


«A Palavra fez-se pessoa e veio habitar no meio de nós».



«Ninguém jamais viu a Deus:
O Filho Único, 
que está no seio do Pai
é que O deu a conhecer»
Jo 1,18


Árvore de Natal no Vaticano sob o Pontificado de Francisco



«Não tenhas medo Maria, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo»

                            Lc 1, 30-31



As origens do Natal


          «Que cansaço estar sempre aqui em cima
          – Os seres humanos parecem-me formigas,
          As formigas parecem-me micróbios,
          E não tenho amigos nem amigas.

          Gostava de poder brincar –
          Às escondidas, por exemplo.
          Ninguém me ia encontrar
          Se me escondesse no meu Templo!

          Gostava de não ser omnipotente –
          Ter de pedir que me levassem pela mão
          A ver o sol poente
          No final de uma tarde de Verão.

          Gostava sobretudo de ter mãe –
          Que me passasse a mão pelos cabelos com meiguice,
          Mas que me ralhasse também
          Se eu fizesse uma tolice.

          Gostava de não ser omnisciente –
          Não conhecer o meu destino
          E só saber que tinha de ir em frente.»

          … E assim Deus se fez menino.

6/12/2013

                                       Fernando Henrique de Passos








Da palavra e Boa Nova

                                                «ex toto corde», ao caso e à causa do Papa Francisco
                   de todo o coração, ao Tobias Pinheiro

I

Langue é terra, e a matéria,
Sangra Amor no coração,
E eu vejo, em Sal etérea,
Rosa, alor e São João.

Langue é a carne, e langue o mundo,
Eis a pena e eis a espada,
E aqui eis, em Clarimundo,
Rosa em Deus, crucificada.

Que há um Menino, em bandolim,
Que é sagrado e é secreto:
É criança de jasmim,
O divino Paracleto.

II

Quando o pranto é sol e si
E o Espírito é o Santo,
Quem és Tu, que vens aqui
Numa Rosa de amaranto?

Na resposta, Ela relata
A Ideia. É Luz? É lis?
Numa Cruz, em «Maran Atha»,
O São Francisco de Assis.
              
                                           Queluz, 05/ 12/ 2013

MISERANDO ATQUE ELIGENDO

                               Paulo Jorge Brito e Abreu


P. S.: Por respeito para com o leitor, indicamos, aqui, uma coincidência significativa: «Rosa Perfeita, em Deus crucificada» é um verso da Autoria de Fernando Pessoa, in «No túmulo de Christian Rosencreutz»...........







UM PRESÉPIO NA CIDADE







Na aridez do deserto



«No caminho da ressurreição, tomei a minha cruz. Foi quando nasci. Era um curral despegado da casa. Uma subida em ziguezague lembrou-me a serpente. E enredei-me naquele paraíso perdido. Estava perto do deserto e da sua inocência. Era um estábulo de animais. O cheiro fez-me chorar, mas eu nascia sem medo do choro. Buscava, assim, a luz para a oferecer ao mundo. Tinha pressa, não podia deixar órfã uma nova criação. Só a luz que me conduzia cortaria as esparsas sombras, além dos desertos. Assim, nasci. Era um caminho fora dos muros da cidade. E o susto aflitivo de Maria envolveu-me numa lágrima larga como o mar que a alagava. Então, sustendo a respiração, o seu regaço maternal abraçou-me. Pelo postigo, lembrou-se da luz da madrugada. Era eu, o menino a quem chamaria Jesus. Dentro da alegria, Maria cobria-me com as palhas onde se aquecia o cordeiro e uma pequenina réstia de noite a cair naquela madrugada enregelada e à espreita de um nascer do sol. Neste improvável pensamento de antes, senti o madeiro a escorregar-me das mãos e a seguir atrás dos meus braços frágeis e das pernas flácidas, com os músculos à solta, a perderem fios de força e sem se conseguirem agarrar aos ossos.»


                                                             Teresa Ferrer Passos
(Do romance inédito, Jesus até ao fundo do seu coração)








Presentes de Natal
  (Pequeno Teatro)

CENA I

Pai:
– Filho, quero de você um presente!
Filho:
– Não enche, velho.

[Mas, naquele Natal o “velho” não ‘encheu’ e o filho não se drogou].


CENA II

Esposa:
         – Amor! Posso lhe pedir um presentinho de Natal?
Esposo:
         – Pode, não!

[Mas, naquele Natal o marido ‘não bebeu’].


Cena III

Neto:
         – Vô, você vai aparecer na Noite de Natal?
Avô:
         – Querido, eu trabalho de Papai Noel...


[Mas, naquele Natal, o “bom velhinho” foi o próprio Vovô].


Cena IV

Namorado:
         – Amor! Neste Natal, adivinha o que eu quero!
Namorada:
         – Sem camisinha, não vai rolar!

[Mas, naquele Natal, fizeram um teste de HIV].


Cena V

Doente:
         – Na Noite de Natal, me dê um sonífero!
Enfermeira:
         – Pode deixar, você vai sonhar com Papai Noel!

[Mas, naquela Noite de Natal, houve confraternização no Hospital].


Cena VI

Assaltante:
         – Criança! Avise lá que o Papai Noel chegou!
Criança:
         – Mãe! Tem um homem lá fora, dizendo que ele é Papai Noel!

[Mas, naquela Noite de Natal, o assaltante virou convidado].


Cena VII

Carcereiro:
         − Indulto de Natal! Feliz Natal!
Preso:
         -- Adeus! Feliz Ano Novo!

[Mas, depois daquele “saidão”, o beneficiário retornou].



                                               Luiz Martins da Silva (Brasil)



NESTE NATAL, MUITA PAZ E AMOR






                        

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