NATAL DE JESUS CRISTO
em Belém na Judeia
«A Palavra fez-se pessoa e veio habitar no meio de nós».
«Ninguém jamais viu a Deus:
O Filho Único,
que está no seio do Pai
é que O deu a conhecer»
Jo 1,18
Árvore de Natal no Vaticano sob o Pontificado de Francisco |
«Não tenhas medo Maria, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo»
Lc 1, 30-31
As origens do Natal
– Os seres humanos parecem-me formigas,
As formigas parecem-me micróbios,
E não tenho amigos nem amigas.
Gostava de poder brincar –
Às escondidas, por exemplo.
Ninguém me ia encontrar
Se me escondesse no meu Templo!
Gostava de não ser omnipotente –
Ter de pedir que me levassem pela mão
A ver o sol poente
No final de uma tarde de Verão.
Gostava sobretudo de ter mãe –
Que me passasse a mão pelos cabelos com meiguice,
Mas que me ralhasse também
Se eu fizesse uma tolice.
Gostava de não ser omnisciente –
Não conhecer o meu destino
E só saber que tinha de ir em frente.»
… E assim Deus se fez menino.
6/12/2013
Fernando Henrique de Passos
Da palavra e Boa Nova
«ex toto corde», ao
caso e à causa do Papa Francisco
de todo o coração,
ao Tobias Pinheiro
I
Langue é terra, e a
matéria,
Sangra Amor no
coração,
E eu vejo, em Sal
etérea,
Rosa, alor e São
João.
Langue é a carne, e langue o mundo,
Eis a pena e eis a espada,
E aqui eis, em Clarimundo,
Rosa em Deus, crucificada.
Que há um Menino, em bandolim,
Que é sagrado e é secreto:
É criança de jasmim,
O divino Paracleto.
II
Quando o pranto é sol e si
E o Espírito é o Santo,
Quem és Tu, que vens aqui
Numa Rosa de amaranto?
Na resposta, Ela relata
A Ideia. É Luz? É lis?
Numa Cruz, em «Maran Atha»,
O São Francisco de Assis.
Queluz, 05/ 12/ 2013
MISERANDO ATQUE ELIGENDO
Paulo Jorge Brito e Abreu
P. S.: Por respeito para com o leitor, indicamos, aqui, uma
coincidência significativa: «Rosa Perfeita, em Deus crucificada» é um verso da
Autoria de Fernando Pessoa, in «No túmulo de Christian Rosencreutz»...........
Na aridez do deserto
«No caminho da ressurreição, tomei a minha cruz. Foi quando nasci. Era um curral despegado da casa. Uma subida em ziguezague lembrou-me a serpente. E enredei-me naquele paraíso perdido. Estava perto do deserto e da sua inocência. Era um estábulo de animais. O cheiro fez-me chorar, mas eu nascia sem medo do choro. Buscava, assim, a luz para a oferecer ao mundo. Tinha pressa, não podia deixar órfã uma nova criação. Só a luz que me conduzia cortaria as esparsas sombras, além dos desertos. Assim, nasci. Era um caminho fora dos muros da cidade. E o susto aflitivo de Maria envolveu-me numa lágrima larga como o mar que a alagava. Então, sustendo a respiração, o seu regaço maternal abraçou-me. Pelo postigo, lembrou-se da luz da madrugada. Era eu, o menino a quem chamaria Jesus. Dentro da alegria, Maria cobria-me com as palhas onde se aquecia o cordeiro e uma pequenina réstia de noite a cair naquela madrugada enregelada e à espreita de um nascer do sol. Neste improvável pensamento de antes, senti o madeiro a escorregar-me das mãos e a seguir atrás dos meus braços frágeis e das pernas flácidas, com os músculos à solta, a perderem fios de força e sem se conseguirem agarrar aos ossos.»
Teresa Ferrer Passos
(Do romance inédito, Jesus até ao fundo do seu coração)
(Do romance inédito, Jesus até ao fundo do seu coração)
Presentes de Natal
(Pequeno Teatro)
CENA I
Pai:
– Filho, quero de você um presente!
Filho:
– Não enche, velho.
[Mas, naquele Natal o “velho” não ‘encheu’ e o filho não se
drogou].
CENA II
Esposa:
– Amor!
Posso lhe pedir um presentinho de Natal?
Esposo:
– Pode,
não!
[Mas, naquele Natal o marido ‘não bebeu’].
Cena III
Neto:
– Vô, você
vai aparecer na Noite de Natal?
Avô:
– Querido,
eu trabalho de Papai Noel...
[Mas, naquele Natal, o “bom velhinho” foi o próprio Vovô].
Cena IV
Namorado:
– Amor!
Neste Natal, adivinha o que eu quero!
Namorada:
– Sem
camisinha, não vai rolar!
[Mas, naquele Natal, fizeram um teste de HIV].
Cena V
Doente:
– Na Noite
de Natal, me dê um sonífero!
Enfermeira:
– Pode
deixar, você vai sonhar com Papai Noel!
[Mas, naquela Noite de Natal, houve confraternização no
Hospital].
Cena VI
Assaltante:
– Criança!
Avise lá que o Papai Noel chegou!
Criança:
– Mãe! Tem
um homem lá fora, dizendo que ele é Papai Noel!
[Mas, naquela Noite de Natal, o assaltante virou convidado].
Cena VII
Carcereiro:
− Indulto de Natal! Feliz Natal!
Preso:
-- Adeus!
Feliz Ano Novo!
[Mas, depois daquele “saidão”, o beneficiário retornou].
Luiz
Martins da Silva (Brasil)
NESTE NATAL, MUITA PAZ E AMOR
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