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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Os povos da União Europeia



Como resolver a grave crise económico-financeira do povo grego?

Os dirigentes da União Europeia podem fazer muito mais do que aconselhá-los a subir impostos!

Podem aconselhar os povos da União Europeia a fazer férias nas suas cidades, aldeias e tantas ilhas...

A comprar produtos da Grécia como sejam Cd's de música ligeira ou clássica de autores gregos.

A comprar obras literárias de autores gregos.

A escolher produtos agrícolas produzidos na Grécia...

3/7/20015                                            
                                                                                             T.F.P.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Uma terra para viver em paz - um direito de todos



     A União Europeia inclina-se para a destruição dos barcos dos traficantes que trazem os perseguidos, os esfomeados, os fugitivos de terríveis guerras e de um terrorismo brutal, de gente sem esperança no seu país para lá continuar.

     Será que é assim, impedindo a essas pessoas a saída das suas terras ou recambiando-as para o país de origem (como os irão receber esses países?!), que se defende a liberdade de circulação dos cidadãos, a liberdade de escolher uma terra para viver em paz (apanágio da UE)? Isto não será fugir habilmente do problema metendo, como a avestruz, a cabeça debaixo da areia?

     A destruição dos barcos para que os fugitivos não sofram acidentes, ao não serem salvos pela marinha da Europa, tira um peso de consciência a esta UE? Foi para que estas gentes à beira do desespero, vindas de um Próximo Oriente e de uma África varridos pelo terror, não se salvassem que já tinham acabado com a operação "Mare Nostrum" (não queriam suportar as despesas que só a Itália suportava) e a substituíram pela "Tritão"?!

     Destruindo os barcos "da última esperança", a consciência destes governantes ficará mesmo tranquila? Dividir fraternalmente o que temos por esses pobres entre os pobres, não será a mais óbvia obrigação de uma verdadeira ética da humanidade?

     Porque lhes queremos recusar uma terra que não é mais nossa, europeus, do que deles africanos ou do Próximo Oriente?! O mundo é de todos, sejam cristãos, muçulmanos, budistas ou hinduístas. O mundo não é só daqueles que, por acaso, lá nasceram.

          Lisboa, 23 de Abril de 2015


                                                                                                 Teresa Ferrer Passos

domingo, 1 de dezembro de 2013

Restauração da Independência

Monumento aos Restauradores da independência, em Lisboa
«E, se a cons­ciência de que o povo poderia ser o sustentáculo de uma Revolução se tornava nítida, a necessidade do braço armado dos nobres se levantar contra a tirania injusta, surgia como uma evidência.

Foi nesta ambiência que, após longas e reflectidas deambulações pelos serenos jardins do seu palácio, D. Antão e outros fidalgos começaram a planear os ca­minhos para a restauração da independência nacio­nal.

Inconformados com a subordinação ao estran­geiro, com a revolta latente nos corações, sentiam-se prontos para concretizar a acção que havia de derru­bar do trono uma soberania cada vez mais detestável.»

Teresa Ferrer Passos, A Restauração de 1640 e D. Antão de Almada, Universitária Editora, 1999, p.24.


***

Independência, hoje?


     Em 1 de Dezembro de 1640, os Portugueses repuseram a dignidade da sua Pátria, abatida pelo poder vergonhoso do estrangeiro dominador.

     Que hoje os nossos governantes não deixem aviltar-se por mais tempo a memória destes nossos antepassados.
     
     Há que reagir a uma submissão que nos silencia em questões de natureza interna, como a dos estaleiros navais de Viana do Castelo. Afinal,  Portugal faz parte de uma União Europeia que respeita as soberanias nacionais de todos os países que a constituem, ou está subordinado a uma União de países que nos emprestam, com juros mais ou menos altos, consoante aceitamos, ou não, as suas ordens sobre resoluções que deveriam respeitar apenas ao governo do Estado português?
     
     Com exigências desta ordem, a soberania nacional corrompe-se e o tecido social de Portugal vai-se desmoronando. Quem o reconstruirá?   

1 de Dezembro de 2013
                                                                   Teresa Ferrer Passos


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A União Económica Europeia e as Nações



A União Europeia tem os seus antepassados mais distantes no Império Carolíngio/Romano, centrado no reino dos Francos de Carlos Magno (século VIII-IX) até ao Sacro Império Romano-Germânico (a emergir no século XIV). Ambos redundaram em fracasso. Mas ambos começaram por ser o resultado de uma benéfica expansão económica dos países envolvidos no objectivo unificador.
Os progressos da economia europeia ao longo do século XIII permitiram que surgisse o sustentáculo financeiro (abundância de moeda) para não deixar regredir ou colapsar os avanços da riqueza provinda da produtividade manufactureira (industrial), comercial e agrícola. A criação das primeiras estruturas da Banca enriquece a emergente burguesia europeia. A Banca tornava-se agora o sustentáculo da produção de riqueza na Europa. As nações começavam a prosperar graças à interpenetração da Produção e da Banca (onde se depositam as poupanças para voltar a investir na produtividade).
Esta movimentação de capitais em dois sentidos – a alternância entre a poupança para produzir e a produção para a poupança – vai criar uma prosperidade nas nações que estará na base de um imponente comércio internacional. Vêem estas linhas a propósito da actualidade económica e financeira que se vive na Europa, em que Portugal se insere económica e monetariamente.
Pelo menos desde há dez anos, Portugal (integrado na União Económica e Monetária Europeia) começou a defrontar-se com uma grave crise de natureza económica que se acentuou com o governo de José Sócrates e que se transferiu para o de Pedro Passos Coelho. Este último tem tomado sucessivamente medidas para aumentar a receita e diminuir a despesa, mas logicamente sem êxito.
A verdade é que estamos neste momento com uma união económica e monetária a nível europeu e não nacional. A presença do FMI, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia (vulgo Troika), que vigia e indica as linhas orientadoras da política nacional no plano económico e financeiro, não oferece margem de manobra ao governo português.
A dívida ascendeu a valores incomportáveis para o Estado mas este não pode desobedecer às instituições de vigilância da Europa (Troika). A economia portuguesa tem definhado nos últimos anos a um ritmo assustador. Por sua vez, o governo procura superar o impacto das leis europeias a que ficámos sujeitos, através de uma política de pesados impostos que fragmentam o tecido social através da subida dos índices de desemprego e de miséria dos velhos, dos doentes, dos despedidos por falência das empresas. Muitos protestam contra a pesada carga fiscal e o despedimento público. Outros vêem o seu poder de compra baixar, tendo dívidas por empréstimos contraídos aos bancos para aquisição de casa, carro, etc. Centenas de empresas abrem falência por ausência de incentivos e deslocam as suas sedes para o estrangeiro para sobreviver. As greves proliferam e provocam prejuízos graves ao estado já muito defraudado de riqueza. Os ministros da Economia e das Finanças são considerados incompetentes porque não lançam as bases do aumento da produção industrial e agrícola. O protesto generaliza-se.
Os governos, as democracias, os partidos maioritários, são responsabilizados pela crise do progresso e do enriquecimento dos estados europeus de economias mais débeis. Mas há um factor a que ninguém está a dar suficiente importância: esta grave crise das nações não pode ser resolvida, apenas e fundamentalmente, com as medidas limitadoras a que os seus próprios governos estão sujeitos.
Esta crise económica que limita o incremento da riqueza dos estados não respeita a nenhum destes estados. E, em consequência, nenhum ministro das Finanças ou da Economia pode resolver a crise. De facto, sem que os responsáveis europeus lhes dêem instruções num sentido que lhes seja favorável, vegetam as suas economias e as suas finanças.
Os países mais fracos da Europa que aderiram ao Euro – moeda única – na Europa dos 27, estão bloqueados por razões que os ultrapassam. Por mais competência que tenham os governos, nada podem adiantar ao que lhes é imposto. A impossibilidade de comprar e vender, de produzir o que a cada país interessa individualmente, está vedada desde que se deu a adesão à Comunidade Económica Europeia e, ainda mais, desde a adesão à moeda única.
Por muito eficazes que sejam as medidas financeiras, elas de nada servem sem uma substancial receita de capitais provinda da produção nacional. Como tudo depende da esfera imperial dos países mais ricos da Europa, a estes não convindo a ascensão dos estados mais pobres, irão manter-se os pobres, e cada vez mais pobres, se das esferas superiores europeias não vierem outras directivas.
Mas, o que é ainda mais arrasador são as recentes notícias sobre o que se está a passar com um banco europeu localizado na Suíça: este anunciou o despedimento de dez mil funcionários por defrontar dificuldades na manutenção do seu status financeiro. Ora, isto prenuncia que mesmo na banca poderosa dos países ricos, podem começar a abrir-se brechas, a surgir clivagens, desde logo anunciadoras de que, mais tarde ou mais cedo, os países mais ricos da Europa também poderão sucumbir.
E com o colapso desses grandes países, toda a Europa que quis reerguer-se, recuperando o tempo da ideia imperial, entrará em decadência. Na verdade, nunca a Europa conseguiu concretizar com carácter duradouro essa ideia. Em todas as tentativas feitas, desde o almejado Império Franco-Romano até ao Sacro Império Romano-Germânico, tudo ficou por realizar.
Nem, vários séculos mais tarde, Napoleão, nem Bismarck, nem Hitler alcançaram esse sonho quimérico de uns Estados Unidos da Europa sob a égide de um ou dois estados mais ricos. A diversidade, os antagonismos e a forte identidade dos países que formam a Europa, têm tornado impossível a realização de tão irrealista e maquiavélico objectivo.

31 de Outubro de 2012

Teresa Ferrer Passos