NOTAS DE POLÍTICA
A agitação do poder:
«Muita da agitação oficial e oficiosa, traduzida numa sucessão alucinante de viagens, de encontros, de comunicados, de declarações, de comentários, de promessas, de acordos, deixa apenas a impressão do completo vazio, da inutilidade consciente, do movimento sem finalidade, como se houvesse o propósito de preencher os tempos livres e entreter o eleitorado.»
«Muita da agitação oficial e oficiosa, traduzida numa sucessão alucinante de viagens, de encontros, de comunicados, de declarações, de comentários, de promessas, de acordos, deixa apenas a impressão do completo vazio, da inutilidade consciente, do movimento sem finalidade, como se houvesse o propósito de preencher os tempos livres e entreter o eleitorado.»
«No mundo interdependente em que nos aconteceu viver, com uma unidade determinada por factores técnicos que a ética não acompanhou, a soberania deixou de corresponder ao conceito clássico que o direito internacional amparava, e não se perfilou em termos de ser possível uma nova conceptualização pacífica.»
As nações:
«Estas não são politicamente iguais, o fenómeno da soberania
limitada alastra mais rapidamente do que o reconhecimento do facto, certas
faculdades que antes não se autonomizavam na análise do poder político passaram
a ser a única expressão internacional desse poder, a jurisdição interna não tem
medida igual para todos os povos. O poder financeiro, o poder tecnológico, o
poder cultural, o poder funcional, são mais identificadores de cada um dos Estados,
do que o velho conceito de soberania.»
Adriano Moreira in O Novíssimo Príncipe, Lisboa, 1980
***
«Parece-me evidente, necessário, que haja um conceito
estratégico nacional. Que esse conceito estratégico nacional deve e precisa de
apoiar-se numa Europa unida, tomando consciência de que a fronteira da pobreza
passou para o norte do mediterrâneo e que nós estamos abrangidos por essa fronteira,
mas que também há janelas de liberdade. E essas janelas de liberdade principais
são o mar, a plataforma Continental e a CPLP.»
Adriano Moreira (Entrevista à Lusa in Jornal de Negócios,
1/9/2012)
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