em águas de nenúfares
a vida cresceu em ti
e eu, dentro das gotas,
vivi nesse lago em que te vi.
E no ventre de minha mãe te descobri
na sua transparência
cresci devagar e te sorri.
Foi na hora do teu grito fálico
a
descer do céu desértico
e a tocar o ventre de Natércia
que como
um véu me cobria.
Natércia me guardava só para o teu corpo
- maravilha cósmica de vida e arte -
e eu, como
se ela fizesse uma alquimia,
a
querer ainda nela amar-te…
com esperança e fantasia.
26 de Janeiro de 1999
Teresa Ferrer Passos
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