Mostrar mensagens com a etiqueta
vento
.
Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta
vento
.
Mostrar todas as mensagens
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Vento
Tudo se desmorona excepto o vento.
E o frio que gela e arrepia
Atravessa as ruínas, a noite, o esquecimento,
Até abrir, num gesto que é quase violento,
As portas que vão dar ao novo dia.
11/8/2014
Fernando Henrique de Passos
sábado, 2 de novembro de 2013
De um fôlego
Salto para o estribo da carruagem.
(Cansei-me de ir lá dentro.)
Agora a paisagem
É feita de cores misturadas com o vento.
A manhã respira
Pelos pulmões ofegantes dos cavalos
Que arrancam do céu estilhaços de safira
E mordem os freios até despedaçá-los.
A erva, o céu, o sol, as pedras, os regatos –
Tudo é estrada, tudo é movimento –
Tudo é chegada aos mundos abstractos
Dos sonhos misturados com o vento…
2/11/2013
(Poema inédito)
Fernando Henrique de Passos
sábado, 26 de janeiro de 2013
Só é permitida a entrada a pessoas não autorizadas
O vento que sai das frinchas do castelo
Tacteia a montanha, que se eriça.
O vento uiva, como num apelo;
Desce devagar a ponte levadiça.
Esboça-se no ar uma promessa,
Que logo o letreiro vem negar.
Desceu a ponte ‒ ninguém a atravessa;
Tudo é deserto, frio a soluçar.
O agrimensor, trágico, espera,
Consulta um alfarrábio poeirento
E pensa sem cessar. Ah, quem lhe dera
Poder dispensar o pensamento!
26/1/2013
Fernando Henrique de Passos
Mensagens antigas
Página inicial
Subscrever:
Mensagens (Atom)