na casa da confiança inscrevi as linhas
soletradas pelo tempo e que descobriste em mim.
Foi num dia todo verde e de sol nas alturas.
Com a timidez dos teus olhos,
com os teus passos inseguros, dolentes,
iluminaste, todo coberto de negro, a biblioteca vasta.
As tuas palavras cobertas de silêncio
eram engolidas sem saliva,
sem um frémito vago e não irrompiam as raízes
assentes no teu deserto de interrogações.
na casa da confiança ergueu-se devagar
o ermitério e, dentro dele, abriram-se
as nossas portas seladas.
E fomos renascendo, cada dia,
entre horas impenitentes e agónicas,
e fomos dois nomes, frente a frente,
à procura da secreta estrada do encontro.
29/10/2020
Teresa Ferrer Passos
Foi num dia todo verde e de sol nas alturas.
Com a timidez dos teus olhos,
com os teus passos inseguros, dolentes,
iluminaste, todo coberto de negro, a biblioteca vasta.
As tuas palavras cobertas de silêncio
eram engolidas sem saliva,
sem um frémito vago e não irrompiam as raízes
assentes no teu deserto de interrogações.
na casa da confiança ergueu-se devagar
o ermitério e, dentro dele, abriram-se
as nossas portas seladas.
E fomos renascendo, cada dia,
entre horas impenitentes e agónicas,
e fomos dois nomes, frente a frente,
à procura da secreta estrada do encontro.
29/10/2020
Teresa Ferrer Passos
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