quarta-feira, 27 de março de 2019

Violência interior e santidade

É pela violência da santidade que se entra no céu, lembrou Jesus Cristo. (confrontar com Mt 11, 12)
26/3/2019 (Facebook)
T.F.P.

A radicalidade dos Evangelhos... o Reino de Deus alcança-se pela violência contra nós mesmos, negando-nos a nós mesmos (Lc 9, 23). Mas o negar-nos a nós mesmos é aparente: é na realidade encontrarmos o nosso Eu verdadeiro, a partícula divina que há em cada um de nós.
28/3/2019 (Facebook)
Fernando Henrique de Passos

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«Não é possível trilhar o caminho da santidade sem tomar de assalto a vida espiritual. Hoje, porém, as pessoas não sabem mais como crescer espiritualmente. Tornam-se, então, como que "anões espirituais", na expressão do Padre Reginald Garrigou-Lagrange [1].

"O Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam" (Mt 11, 12). Essa "violência" de que fala o Evangelho é um ato de esperança. A Regra de São Bento, ao falar sobre os monges obedientes, ensina: "Apodera-se deles o desejo de caminhar para a vida eterna; por isso, lançam-se como que de assalto ao caminho estreito do qual diz o Senhor: 'Estreito é o caminho que conduz à vida'" [2].

O amor que o homem devolve a Deus, por sua vez, não é um amor qualquer, mas a caridade, que é, na definição de S. Tomás de Aquino, "uma amizade do homem para com Deus" [3]. Não se trata simplesmente de amá-Lo – ainda que seja com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças (cf. Dt 6, 5) – mas de retribuir o Seu amor, que "dá a vida pelos seus amigos" (Jo 15, 13). 

[1] Las Tres Edades de la Vida Interior, I, 1, 15
[2] Regra de S. Bento, V, 10-12
[3] Suma Teológica, II-II, q. 23, a. 1

                        Padre Paulo Ricardo (Internet, excerto de artigo datado de 2015)



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