«Um fragmento de Deus
separou-se do resto do seu corpo.
Corpo e fragmento sofrem atrozmente.
Desejam reunir-se
Mas vogam no espaço que os separa.
Só podem voltar a encaixar
Se no instante em que de novo coincidam
For rigorosamente zero a sua velocidade relativa:
Não poderá haver nesse momento
Qualquer impulso mútuo...
Nem de atração...
Nem de repulsa...»
Fernando Henrique de Passos, «Breve viagem nas margens do mistério», Textiverso, Leiria, 2018, p. 51.
Na hora da poesia, uma meditação haiku da complexa teoria em que Stephen Hawking tanto perseverou, a Teoria do Tudo. Síntese fantástica, Fernando!
ResponderEliminar17/7/2018 T.F.P.