Nigela dos trigais |
«Trata-se duma vaidosa superficialidade: muito movimento à superfície da mente, mas não se move nem se comove a profundidade do pensamento. No entanto, consegue subjugar alguns com o seu fascínio enganador, porque o equilíbrio gnóstico é formal e supostamente asséptico, podendo assumir o aspeto duma certa harmonia ou duma ordem que tudo abrange.»
«Mas atenção! Não estou a referir-me aos racionalistas inimigos da fé cristã. Isto pode acontecer dentro da Igreja, tanto nos leigos das paróquias como naqueles que ensinam filosofia ou teologia em centros de formação. Com efeito, também é típico dos gnósticos crer que eles, com as suas explicações, podem tornar perfeitamente compreensível toda a fé e todo o Evangelho. Absolutizam as suas teorias e obrigam os outros a submeter-se aos raciocínios que eles usam. Uma coisa é o uso saudável e humilde da razão para refletir sobre o ensinamento teológico e moral do Evangelho, outra é pretender reduzir o ensinamento de Jesus a uma lógica fria e dura que procura dominar tudo.»
Papa Francisco, Exortação Apostólica Gaudate et Exsultate, 9 de Abril de 2018, pontos 38 e 39.
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