sábado, 1 de agosto de 2015

Fantasia para fim de tarde


Hipnotizo as chamas do poente
Quando horas vagas passeiam pelas ruas
Lançando sombras de recortes trémulos
Na cal rachada das paredes nuas.

As labaredas sabem o meu nome
E nunca sobem mais do que eu permito
Embora nasçam do ventre da Loucura
E se alimentem da luz do Infinito.

Guardo-as no bolso e volto para casa,
O fim de tarde como passadeira.
E nessas noites antes de dormirmos
Há mais magia no lume da lareira.

19/4/2015

Fernando Henrique de Passos

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