Ana Augusta Plácido com Camilo Castelo Branco e o primeiro filho, Manuel |
«(...) sensível ao desprezo e ao desdém da sociedade, Ana agoniza a dor sem se queixar a Camilo. Ele dá pouca importância às suas mágoas, alcandora-se numa indiferença de palmeira desenraizada. As feridas que já vão atingindo também o corpo da amante, parecem não o tocar. O órgão que mais se ressente é o coração. A sociedade não lhe dá tréguas. E Ana é incapaz de ter o autodomínio necessário para se preservar dos golpes (...)»
Teresa Ferrer Passos, O Segredo de Ana Plácido, Edições Gazeta de Poesia, Lisboa, 1995, 1ª edição, p. 233 (Romance publicado por ocasião do 1º Centenário da morte de Ana Augusta Plácido).
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