Num sonho, a esfarelar-se de luz,
cresceu a tua anémona, leve e tão frágil.
Viste nela uma réstia de imaginação,
Viste nela um regaço de verdade.
E edificaste nela um estreito quintal.
Assombrado, regaste-a pela manhã.
À tardinha, a tua anémona ganhara intensa luz.
Depois, ao luar, viste-a a inundar,
Com as suas muitas cores, o espaço.
E o sonho tornou-se todo luz.
(Poema inédito)
Teresa Ferrer Passos
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