Em troncos de pinheiro a crepitar na lareira,
Em flocos de neve a descer entre o nevoeiro,
No frio dissipado no aconchego do afecto.
A paz está onde nasce a alegria de oferecer,
A graça de não ter de fugir para viver,
De não ter de defrontar a morte para fugir à morte,
De salvar inocentes em vez de fazer deles a pira de culpados.
O fogo das chamas das torres apagou-se com água suave.
No incêndio dos corpos injustiçados, a paz está
A brotar. Mas com injustiças em nome da paz se desvanecerá.
Teresa Ferrer Passos, "À Paz" in Retábulo, Universitária Editora, 2002, pág. 28.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixe aqui o seu comentário