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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A mundanidade destrói a identidade da família cristã

Sagrada Família

«Impressionou-me sempre que o Senhor, na Última Ceia, naquela longa oração, rezasse pela unidade dos seus e pedisse ao Pai que os libertasse de todo o espírito do mundo, de toda a mundanidade, porque a mundanidade destrói a identidade; a mundanidade leva ao pensamento único»


«À semelhança de uma grande árvore, nascida de uma simples e minúscula semente, o mesmo pode acontecer com a cultura predominante, que se impõe e seca tudo o que está ao seu redor.»

                            Papa Francisco (excertos da homilia na Missa de 19/11/2015)

terça-feira, 28 de maio de 2013

Um poema de Mia Couto



Identidade

Preciso ser um outro
para ser eu mesmo

Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta

Sou pólen sem insecto

Sou areia sustentando
o sexo das árvores

Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro

No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço

Mia Couto*, Raiz de Orvalho e Outros Poemas
(1ª edição em Moçambique em 1983).


*Mia Couto (nome literário) nasceu, em 1955, em Moçambique. Filho de pais portugueses, acaba de ser galardoado com o Prémio Literário Camões, o mais importante da criação literária da língua portuguesa. A sua obra romanesca foi “muito valorizada pela criação e inovação verbal, mas tem tido uma cada vez maior solidez na estrutura narrativa e capacidade de transportar para a escrita a oralidade”.