FRAGMENTO 3
«"O melro, eu conheci-o:
Era negro, vibrante, luzidio,
Madrugador, jovial;
Logo de manhã cedo
Começava a soltar, d'entre o arvoredo,
Verdadeiras risadas de cristal.
E assim que o padre-cura abria a porta
Que dá para o passal,
Repicando uma finas ironias,
O melro, d'entre a horta,
Dizia-lhe:'Bons-dias!'
E o velho padre-cura
Não gostava daquelas cortesias." [...]
Do Poema "O Melro" de Guerra Junqueiro (no 1º Centenário da sua morte) in Henrique Manuel Pereira, «Paisagens Junqueirianas com o Douro ao Fundo», Edições Húmus, Vila Nova de Famalicão, 2023, pág. 215.
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