MEDITAÇÃO DOS DIAS
A uma casa perdida na aldeia
O peso do ar habita a minha
vulnerabilidade de terra.
Frágil, a ser marcada cada dia pelas horas delidas
no tempo. E são as nuvens esbranquiçadas demais,
insufladas de um outro tempo que, como um árido
deserto me inspiram e me fazem
percorrer corredores escuros,
descobrir portas sem fechadura e janelas
que são nesgas de tão estreitas.
Sopro as cortinas descoloridas e noturnas
quando a minha consciência esbarra numa vaga estrada
onde caminho sem caminho que guie
sem as águas férteis que apagam a melancolia dos minutos.
Sinto o verão que começou intenso em plena primavera
e o vento a esconder-se como um fantasma de outros tempos,
à procura da casa que perdeu sem saber como.
Frágil, a ser marcada cada dia pelas horas delidas
no tempo. E são as nuvens esbranquiçadas demais,
insufladas de um outro tempo que, como um árido
deserto me inspiram e me fazem
percorrer corredores escuros,
descobrir portas sem fechadura e janelas
que são nesgas de tão estreitas.
Sopro as cortinas descoloridas e noturnas
quando a minha consciência esbarra numa vaga estrada
onde caminho sem caminho que guie
sem as águas férteis que apagam a melancolia dos minutos.
Sinto o verão que começou intenso em plena primavera
e o vento a esconder-se como um fantasma de outros tempos,
à procura da casa que perdeu sem saber como.
Perdeu-se do azul das aves
e quem é não sabe. Só
o restolhar das folhas no passeio lhe oferece um simulacro
da voz enrouquecida, a evadir-se devagar.
Aqui nada cresce inteiro e promissor mas os nossos
olhos permanecem extasiados de sol a rodos.
o restolhar das folhas no passeio lhe oferece um simulacro
da voz enrouquecida, a evadir-se devagar.
Aqui nada cresce inteiro e promissor mas os nossos
olhos permanecem extasiados de sol a rodos.
22/6/2023
Teresa Ferrer Passos
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