sábado, 28 de maio de 2016
quarta-feira, 25 de maio de 2016
Ação de Graças
Mulher,
Minha Mulher,
Que me guias desde as profundezas de mim mesmo
Até à luz de enfim saber quem sou:
Deus te abençoe pela tua presença inabalável
Como a mim me abençoou com tu seres minha.
19/5/2016
Fernando Henrique de Passos
quinta-feira, 19 de maio de 2016
A lontra
Paro no seio da pergunta
(A lontra nada na líquida doçura
Entre cascatas, água, sombras, luz e nada,
Onde nada suscita uma procura
Que não seja já a coisa procurada)
Eis-me no seio da pergunta
12/5/2016
Fernando Henrique de Passos
segunda-feira, 16 de maio de 2016
Alta voltagem
Os olhos do céu abriram-se tanto
Que fulgiu de novo o fogo já extinto
Deixando espelhar o brilho do espanto
8/5/2016
Fernando Henrique de Passos
domingo, 8 de maio de 2016
A lei do Letes
Ó Morte e doce Morte que me zurzes
Com essa luz fatídica e cruel
Que dava a negra cor às verdes urzes
E que ria nas bênçãos de Raquel...
Doce Morte que a rir assim me surges
E que entras disfarçada de batel
Onde os bons e os maus perdem as cruzes
E a vida é um teatro de papel,
Ensina-me a cantar o teu sorriso,
Teu alor liquefeito, o Paraíso,
Ensina-me a ser Deus e não diabo,
Pois se eu hei-de morrer um dia destes,
Que seja ouvindo a voz, entre ciprestes:
«Não começo, não vivo e não acabo.»
ORA PRO NOBIS PECCATORIBUS
Paulo Jorge Brito e Abreu
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