A lua é a razão desta presença
Na estepe que alguém me estipulou
Sem me avisar dos perigos da jornada
Nem me informar do que antes se passou
É a lua que inventa os passatempos
Com que o tempo nos enche de preguiça
E de ferrugem nos gestos e na força
Que a terra húmida cobiça
A lua é a razão da tempestade
E das areias perdidas nos desertos
Onde se passam anos de procura
E onde os passos se tornam tão incertos
Porque a lua se junta ao que é real
E seduz as vontades e convence-as
A trocarem as almas cristalinas
Pela ilusão de falsas transparências
5/1/2015
Fernando Henrique de Passos
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