Passeiam serpentes aos pares pelas arcadas,
Longas e lentas ondas reluzentes
Ofuscando a noite das estradas
Com bátegas de cor e estrondo de acidentes.
Relâmpagos no mar, neve na areia,
Cristais em brasa sobre a rocha fria,
Reacção ácida que desencadeia
A congeminação de um novo dia.
Quando chega enfim a madrugada
Há restos de cobras entre a espuma
Que se dissolvem na nova luz criada
Pelos amores do Verbo com a Bruma.
26/11/2014
Fernando Henrique de Passos
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