Um espirro no interior do maquinismo
Descalibrou minúcias prateadas,
Propagou-se no metal tal como um sismo,
Gelou rodas dentadas.
O real fracturou-se em mil pedaços
E os pedaços em representações.
Entre as partes separadas crescem espaços
E solidões.
Cola-se o frio às engrenagens
E à confusa teia que as encerra;
Caem folhas secas e velhas imagens
E cai o silêncio sobre a Terra.
4/10/2012
Fernando Henrique de Passos
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