Os ministros da Educação da CPLP reuniram-se a 28 e 29 de Março em Luanda (Declaração final a 30), com vista a estudarem as alterações ao Acordo Ortográfico que não foi assinado por Angola e Moçambique por discordância com algumas normas de carácter gráfico que são pouco consentâneas com a ortografia anterior usada na Língua Portuguesa. Podem mesmo considerar-se como possíveis dois vocabulários, um nacional e outro comum.
A presidência angolana da CPLP tem entravado a aprovação plena do Acordo Ortográfico, como se escreve no Jornal de Angola, para «melhorar a eficácia e eficiência dos sistemas de educação dos estados-membros». Aquele órgão de comunicação social de Angola acrescenta ainda que, apesar dos inconvenientes da ortografia segundo parâmetros que não ganharam unanimidade para a sua aprovação, o Acordo Ortográfico «constitui uma contribuição para a promoção e defesa da língua portuguesa na CPLP e no mundo».
Os ministros da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, defenderam «a importância do ensino técnico profissional como ensino de eleição para uma maior empregabilidade, desenvolvimento económico e consequentemente redução da pobreza nos Estados da CPLP.»
Defendeu-se nesta VII Reunião que «se criem projectos a serem financiados pelo fundo especial da CPLP ou por outros fundos adstritos ao desenvolvimento da cooperação no âmbito nacional, bilateral, multilateral, com vista à elaboração dos vocabulários ortográficos nacionais».
O Secretário de Estado da Cultura de Portugal já considerou que o Acordo Ortográfico deverá ser objecto de um estudo sério e profundo e continuado ainda até 2015, ano em que entrará definitivamente em vigor.
De facto, esse estudo é urgente e até já deveria ter começado a ser feito pelos linguistas, no sentido de defender a língua portuguesa nas suas versões nacionais e não numa homogeneidade ortográfica que não respeita, por vezes, o significado de cada vocábulo.
Teresa Ferrer Passos
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