Após um longo processo de transferência da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (uma das maiores barragens de África), o Primeiro-Ministro de Portugal visitou Moçambique no sentido de criar as condições para a concretização desse desiderato. A venda de capitais para a República de Moçambique será de 7,5% num valor total de 15% até agora detidos por Portugal.
A assinatura do protocolo efectuou-se a 9 de Abril, e teve como interlocutor o Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza (reeleito no cargo em 2010). Os 7,5% ficarão entregue à empresa pública moçambicana CEZA e os restantes 7,5 por cento à REN (Redes Energéticas Nacionais).
Esta empresa poderá integrar-se em sociedades que tenham o objectivo de pôr em execução o projecto de redes de infraestruturas de transportes de electricidade em Moçambique, orçado em dois mil milhões de dólares. O Presidente da REN, Rui Cartaxo, está, assim, disposto a participar através de parcerias com empresas moçambicanas, nomeadamente a EDM Electricidade de Moçambique.
O Primeiro-Ministro português, acompanhado dos seus Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Economia, assegurou a realização futura de “cimeiras bilaterais” com vista ao diálogo sobre “os assuntos mais importantes que existem entre os nossos dois países”, como afirmou Henrique Banze, Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique. Sublinhou ainda que esta visita do Primeiro-Ministro de Portugal “contribui para o reforço e aprofundamento do nosso relacionamento bilateral".
No regresso a Lisboa, Passos Coelho considerou muito positiva a sua viagem a este país do Índico em vias de grande desenvolvimento. Lá voltará para uma Cimeira da CPLP, em Junho. Mais tarde, haverá ainda uma Cimeira Bilateral com o governo de Maputo.
10 de Abril de 2012
Teresa Bernardino
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