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Fernando Pessoa, retrato de Almada Negreiros (1964) |
BREVE PÁGINA CRÍTICA DE FERNANDO PESSOA
(...) "Hoje, mais que nunca, se sofre a própria grandeza.
As plebes de todas as classes cobrem, como uma maré morta,
As plebes de todas as classes cobrem, como uma maré morta,
as ruínas do que foi grande e os alicerces desertos do que poderia
sê-lo. O circo, mais que em Roma que morria, é hoje a vida de todos;
porém alargou os seus muros até os confins da terra. A glória é dos gladiadores e dos mimos. Decide supremo qualquer soldado bárbaro, que a guarda
impôs imperador. Nada nasce de grande que não nasça maldito, nem cresce de nobre que se não definhe, crescendo."
Fernando Pessoa, Texto de Crítica e de Intervenção, Ática, 1980, pág.151.
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