ESTRELAS DESAVINDAS
na seiva dos lugares ardem crateras nas almas
abertas sem ruído. À sombra da noite de sirenes imparáveis
incendeia-se o jogo das estrelas novas da guerra.
como se confundem com as estrelas cintilantes
abertas sem ruído. À sombra da noite de sirenes imparáveis
incendeia-se o jogo das estrelas novas da guerra.
como se confundem com as estrelas cintilantes
na lonjura de milénios.
caem mísseis desavindos e um povo esfaimado
delirante e sem relógio para medir o tempo
da espera, adormece. exausto.
a humilhante espera culmina nos dias
embalsamados no sol da planície a abafar
com as farpas de um calor enriquecido.
incêndios vastos saem das estrelas da guerra
caem mísseis desavindos e um povo esfaimado
delirante e sem relógio para medir o tempo
da espera, adormece. exausto.
a humilhante espera culmina nos dias
embalsamados no sol da planície a abafar
com as farpas de um calor enriquecido.
incêndios vastos saem das estrelas da guerra
em movimento.
e a dor cresce para além da dor.
e a dor cresce para além da dor.
e os seres tornam-se simples
fragmentos em busca de destino
sem vislumbrar um horizonte
fragmentos em busca de destino
sem vislumbrar um horizonte
encerrados numa incerteza impiedosa sufocam as lágrimas
suspensas em gritos ensurdecidos até da própria pobreza.
palavras agitam-se insubmissas,
sofridas até ao pôr do sol de cada dia.
e os povos impotentes arrastam-se
aprisionados nas garras da intolerância.
e a tirania das armas arrebata das suas horas
as mínimas résteas de felicidade.
sofridas até ao pôr do sol de cada dia.
e os povos impotentes arrastam-se
aprisionados nas garras da intolerância.
e a tirania das armas arrebata das suas horas
as mínimas résteas de felicidade.
21/6/2025
Teresa Ferrer Passos
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixe aqui o seu comentário