quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

 


“DEIXO-VOS A PAZ, DOU-VOS A MINHA PAZ”


                       No 31º aniversário do nosso casamento 

(O Tempo e a Eternidade olharam-se nos olhos.
O Tempo baixou o olhar para o chão, embaraçado.
A Eternidade sorriu para dentro dele.
Ele ergueu de novo o olhar para ela.)
 
Meu amor,
que duro tem sido para ti
conduzires-me através do meu próprio labirinto
desde a nascente da luz negra
até ao esplendor da luz divina,
ainda tão distante.
 
Meu amor,
dentro de mim
debatiam-se todas as guerras deste mundo;
dentro de ti
nascia o radioso sol do teu sorriso,
reflexo feminino do sorriso
do Cristo Salvador.
 
Meu amor,
o fragor da luta deixou-se enamorar
pela firmeza doce das reverberações da Paz
e assim pudemos dar início
ao paciente desenredar do meu novelo
de Medos e Paixões.
 
Agora,
mais de metade da estrada percorrida,
ignoramos ainda o desfecho da jornada,
mas não duvidamos já do poder infinito
do Amor.
 
(O Tempo e a Eternidade, de mãos dadas;
o Tempo e a Eternidade, olhando em frente;
o Tempo e a Eternidade, passo a passo,
a cada instante fazendo florir a Paz
e a magia da sua força imóvel.)
 
19/2/2025
                       Fernando Henrique de Passos

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