Passagem do livro «Um Cientista e uma Folha de Papel em Branco» de Teresa Ferrer Passos (2ª edição, Hora de Ler, Leiria, 2023, pág. 112):
«Os olhos cerrados de Taoj trazem a Protágoras a impressão do fim do Homem, exatamente esse Homem, medida maior e inexcedível de tudo o que existe. A medida é o humano. Nada o excede, nem os limites da selvajaria nem os da virtude. Nada se lhe assemelha, na crueldade nem na paixão. Tudo se lhe submete pela audácia e pela esperança ou pela cobardia e pela vergonha. Toda a matéria ganhou no humano a força da própria divindade, uma divindade que fala só por ações e por sons da natureza. O humano revelou-se o criador de linguagens novas a que a matéria se submete, na aceitação do diferente mesmo que a deforme. É aqui, nestas ideias que continua a viver Protágoras.»
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