Breves passagens do artigo publicado em Pastoral da Cultura (21/3/2023) de Domenico Marrone in «Settimana News » intitulado "Sínodo: A Igreja nasceu e renascerá dos debates. É preciso libertar a palavra e encorajar o pensamento":
«Os “estaleiros” sinodais contribuem para gerar uma cada vez mais espalhada prática da escuta.
Porém, pergunto-me: ao enfatizar a escuta (escutar, e escutar e escutar), não será possível que estejamos a ocultar também a nós próprios o défice de debate, de opinião pública na Igreja? Com efeito, regista-se a ausência de um verdadeiro debate intraeclesial. Uma ausência que, por sua vez, deriva da falta de uma autêntica opinião pública dos crentes católicos».
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«É verdade que, para que isto aconteça, é preciso que o outro se exponha. Tome posição. Afirme-se a si próprio. Exprima opiniões, ideias, análises. Não se limite a anuir, confirmar, calar. Antes explique, argumente, discuta.»
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«O problema é que, demasiadas vezes, o outro não existe. Se goza de poder formal, comanda. Mostra a posição, a divisa, o papel. Transmite, não comunica. Faz retórica. Passa “slogans”. Impõe-se: não fala, antes faz falar o título, o estatuto.»
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«Todos os estímulos que poderiam vir, em particular, dos fiéis leigos são sufocados na origem e, quando alguém se comporta como cristão adulto e ousa pensar com a sua cabeça, eis que se desencadeia a reprimenda da parte de outros leigos que se erguem como juízes e defensores oficiais da tradição e da autoridade, quando em muitos casos são apenas defensores do hábito e do poder.»
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