Em nossa casa, o tradicional trono do santo popular, S. Pedro |
«Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja» (Mt 16, 18)
Pedro, discípulo de Jesus, foi escolhido por Ele, para ser o seu representante na Terra. Nessa ocasião tinha a profissão de pescador. Tinha os seus barcos, no Mar da Galileia. Deveria ser, depois, para Jesus, «pescador de homens». A sua cultura intelectual é discutível, segundo alguns. Contudo, ninguém pode assegurar que fosse idêntica à de um pescador dos nossos dias. Na Palestina do tempo de Jesus, um pescador, um carpinteiro, um carvoeiro ou um pedreiro, podia ser, em simultâneo, doutor da lei, rabi (mestre) ou escriba (escritor e/ou poeta). Não havia, há dois mil anos, a estratificação social discriminatória existente, ainda nos nossos dias, nos países democráticos ou socialistas. Como escreveu Daniel Rops, «o ofício de médico era citado nas enumerações ao lado do tecelão e do carpinteiro» (Vide A Vida Quotidiana na Palestina no Tempo de Jesus)
Lembremos, hoje, Pedro que foi capaz de desempenhar com um heroísmo e uma humildade inesgotáveis a missão de que Jesus o encarregou.
29/6/2020
Teresa Ferrer Passos