Alguns versos finais do meu poema (ode), intitulado
"BURACO NEGRO":
«É escura a gruta. Canibal. Prodígio de embriaguez.
Oh abutre destruidor!
A devorar...
A consumir...
Implacável decisão na matéria a expirar.
É escura a gruta. O escuro do fim. Do sem regresso.
Sem vislumbrar sinais de emissão...
Colapso total! Mas eis uma radiação
de raios X. De raios gama...
Maravilha. Espanto. Oh cósmico mistério!
Será que o fim é sem fim?
A imanência do fim
um transcendente começo?
Projecto? Outro dia? Amanhã?!
Sem fim a viagem triunfante?»
Teresa Bernardino (ortónimo de Teresa Ferrer Passos), Universo, Lisboa, 1991, pp. 54-55.
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