"O Filho do Homem enviará os Seus anjos que hão-de tirar do Seu reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade, e lançá-los-ão na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes." (Mt 13, 41-42).
Estas são as palavras do Filho do Homem, ou seja, as palavras do Jesus humano: se praticam a iniquidade deverão ser castigados. Inserem-se naquele mesmo Jesus que diz: «Porque me chamas bom, só o meu Pai é que é bom»(Mc 10, 18) ou que grita na cruz: «Pai, Pai, porque me abandonaste?» (Mt 27, 46). Há também as palavras do Jesus divino, aquele que dá testemunho da vontade do Pai: é o Jesus que transmite a doutrina do Pai, em que o amor é o Princípio de que tudo deriva.
Há, assim, o Jesus humano e o Jesus divino e sendo dois, é, ao mesmo tempo, um só. Por isso, Jesus tanto fala como homem, é filho de uma mulher, como fala na qualidade de divino. Daqui as diferenças de actuação.
Em consequência, o Jesus na qualidade de divino oferece a vontade de Deus que não é fazer justiça pura e simplesmente, mas usar outro critério, a misericórdia, que transcende a justiça. A misericórdia é a verdadeira justiça, é a justiça de Deus.
24/11/2018
Teresa Ferrer Passos
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