Oh vitrais virtuais das catedrais elétricas
Que encerrais os sonhos devastados de meu pai
Nas vastas galerias geométricas
Onde o sopro do espírito se esvai:
− Devolvei-me o vosso prisioneiro!
Oh lírio com medo de crescer
Que buscavas a sombra de um convento
E me deixaste a luz do querer crer
A mim, teu filho, como em testamento:
− Saberei merecer ser teu herdeiro!
Oh "sonhos não sonhados" de Pessanha,
Cores avistadas num país perdido,
Guardadas na ala mais estranha
Do museu dos monstros sem sentido:
− Resgatar-vos-ei do cativeiro!
18/4/2016
Fernando Henrique de Passos
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